NOVA MUTUM, 25 de Abril de 2024
icon weather 22 º 32 º
DÓLAR: R$ 5,16
Logomarca

GERAL Terça-feira, 19 de Junho de 2018, 00:21 - A | A

19 de Junho de 2018, 00h:21 - A | A

GERAL / GERAL

Nova Mutum: Ministério Publico esclarece sobre casos de investigação em segredo de justiça

Redação com Diário Norte
Nova Mutum
[email protected]



Um caso envolvendo um possível abuso sexual contra uma criança vem sendo comentado nas redes sociais em Nova Mutum, e ainda conforme as postagens, trata-se de uma criança indefesa. 

A imprensa local tomou conhecimento do fato, porém poucas informações se têm sobre o caso, que está sendo acompanhado pela rede de proteção, e investigado pelo Ministério Público, todo o processo corre em segredo de justiça.

O promotor, Henrique Púglesi, esclareceu a imprensa local através de uma coletiva de imprensa realizada no final da tarde da última segunda-feira (18), sobre as dúvidas e condutas irregulares quando se trata de casos em segredo de justiça. 

Segundo o promotor, quando o caso, seja qual for, está em segredo de justiça qualquer pessoa que porventura quebre esse sigilo, essa pessoas comente um crime. 

“Não importa quem seja, pode ser, um representante do Ministério Público, seja um juiz, um representante da imprensa, um delegado ou qualquer cidadão, se por acaso passar informações de um caso em segredo de justiça certamente irá responder pelo crime”, disse o promotor.

Foto: Djeferson Kronbauer

PROMOTOR HENRIQUE

(Promotor Henrique Pugliesi)

O promotor afirmou ainda que observa que em Nova Mutum uma situação beira justamente a isso.

“Estão sendo levadas ocorrências de um crime, e por causa disso o Ministério Publico fez questão de prestar esses esclarecimentos, pois a imprensa sabe dessas responsabilidades, porém o grande problema talvez seja a população, pois um caso que tenha uma repercussão grande, e nesses grupos de WhatsApp estamos vivendo dias em que essas informações correm soltas, numa avalanche de informações de todos os tipos, informações, sem um pingo de conhecimento da realidade, sem nenhum conhecimento das investigações, que é uma função de todo o sistema de justiça e a gente fica preocupado com isso”, disse Pugliesi.

O promotor pediu que a população não se envolva com esse tipo de discussão advertindo que quem fizer assim erroneamente irá responder por crime.

“Agente fica preocupado com a moral de pessoas que possam ser jogadas no lixo sendo que replicada as informações que ainda não foram confirmadas”, concluiu Pugliesi.

A promotora Ana Carolina esclareceu o fato de haver processos sigilosos, segundo ela, eles existem justamente por haver interesses ou situações que afetam a honra das pessoas, tendo em vista que não se trata apenas de uma investigação criminal, afeta também a honra da pessoa.

Foto: Djeferson Kronbauer

PROMOTORA ANA CAROLINE

(Promotora Ana Carolina)

“Não há nenhum maior interessado nessa cidade em prender, punir e condenar criminoso e bandido, não importa qual seja a classe social, cor, raça, aonde mora, ou trabalha, que o Ministério Público. Quem comete crimes aqui não importa quem seja nós vamos processar, isso todos podem ter certeza, agora não podemos ficar expondo, correndo risco de não conseguir um resultado por causa de uma exposição, e o que é pior, mais do que querer punir alguém é querer preservar aquela vítima.  Aquela família da pessoas que vai ser processada, pois as vezes um membro da família comete um erro, e o nome daquela família cai na boca de todos, através de uma divulgação irresponsável, seja na imprensa ou em grupos de redes sociais, agem de forma irresponsável e em uma cidade pequena como a nossa, pode gerar consequências graves”, disse a promotora.

A promotora afirmou que todos aqueles que cometerem crimes e que forem comprovados sem sombra de dúvidas serão punidos, mais o Ministério Público precisa tratar o assunto com responsabilidade observando um lado e não esquecendo o outro.

“O sigilo, ele existe para proteger esses interesses que são tão importantes quanto o de punir quem comete um crime, pois no Brasil não existe direito absoluto, nenhum direito é absoluto, pois convivemos em sociedade e nosso direito vai até aonde vai o direito do próximo.” Concluiu. 

Foto: Djeferson Kronbauer

PROMOTORES HENRIQUE E ANA
IMPRENSA NA PROMOTORIA

 



Comente esta notícia