G1/MT
A disponibilização de sacolas plásticas nos estabelecimentos comerciais de Mato Grosso pode estar com os dias contados, já que a Assembleia Legislativa aprovou, em primeira votação, na quarta-feira (21), um projeto de lei de autoria do deputado Wilson Santos (PSDB) que proíbe o comércio de usar essas embalagens para colocar as compras dos clientes.
O projeto determina que os estabelecimentos comerciais forneçam sacolas papel com matérias-primas biodegradáveis que não agridam a natureza para os clientes transportarem os produtos.
A lei, se aprovada em segunda votação e sancionada pelo governador Pedro Taques (PSDB), se aplica apenas às embalagens fornecidas pelo próprio estabelecimento para o acondicionamento e transporte dos produtos, não se aplicando às embalagens originais dos produtos.
Caso os supermercados disponibilizem sacolas plásticas, elas devem ser retornáveis ou confeccionadas com material biodegradável de ciclo curto.
Foto: Marcos Lopes/ALMT
(Wilson Santos (PSDB), autor do projeto.)
O autor do projeto argumenta que as sacolas plásticas são derivadas do petróleo, substância não renovável, feita de uma resina chamada polietileno de baixa densidade (PEBD), podem demorar séculos para se decompor.
A proposta diz ainda que, no Brasil, aproximadamente 9,7% de todo o lixo é composto por sacolas plásticas, e sua produção é ambientalmente nociva, segundo dados do Instituto Akatu. De acordo com números da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o consumo de sacolas plásticas tradicionais chega a 12 bilhões de unidades por ano.
"Em média, segundo o levantamento, cada brasileiro utiliza em torno de 66 sacolas por mês. As embalagens tradicionais podem demorar até 400 anos para se decompor no meio ambiente".
Foto: Reprodução
(Sacolas de plástico podem parar de serem distribuídas)