Alexandra Lopes/Folhamax
Rondonópolis/MT
Uma jovem que trabalha como auxiliar de veterinário em Rondonópolis (215 km de Cuiabá) foi "convidada a se retirar" de um bar após ela e a irmã serem confundidas com garotas de programa, na noite desta quinta-feira (17). A jovem, identificada como Chrys Lopes, usou as redes sociais para lamentar a situação ressaltando que não tem nada contra a profissão das "do Job", mas se sentiu constrangida, pois um dos funcionários chegou a dizer que pensou que elas eram prostitutas porque não estavam acompanhadas por homens.
A auxiliar informou que registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil. "Ah, eu já quero chorar. Tava eu e minha irmã no 'The 20', só pra tomar um chopp e conversar fiado. Aí, do nada, o garçom recolheu as taças, os copos que estávamos tomando, e disse que não ia atender a gente simplesmente porque era da Casa Rosa. Só que eu não sou prostituta, minha irmã também não. Nada contra, só que a gente não quer ser comparada com coisa que a gente não é", afirmou.
Em outro trecho, ela disse que procurou o gerente, que pediu desculpas e explicou que tinha passado uma informação errada aos funcionários. "Eu fui atrás do gerente. Ele pediu desculpa e tudo mais aquelas 'coiseira' toda. Falou que ele que passou informação errada para os funcionários dele. Só que infelizmente na hora que o garçom falou isso eu já queria chorar de vergonha porque fica o constrangimento", emendou.
Na sequência, ela e a irmã gravaram um vídeo em frente à delegacia. Ela finalizou a gravação afirmando que não precisa estar acompanhada de um homem para se bancar e consegue pagar tranquilamente uma cerveja ou drink com o próprio dinheiro.
Ressaltou ainda que no estabelecimeno havia uma advogada com uma roupa mais curta que a que ela estava usando, mas como estava com um homem não aconteceu nada. "Em comemoração aos 10 mil seguidores do The 20, porque minha irmã e eu fomos comparadas com garotas de programa, fui registrar um boletim de ocorrência, pois o garçom não quis nos atender porque não queria atender garotas da Casa Rosa. O gerente disse que, se estivéssemos acompanhadas de um homem, isso nunca teria acontecido, mas, como eram duas mulheres, a situação se deu dessa forma. Sou mulher suficiente para pagar uma cerveja ou um drink, independentemente de estar acompanhada ou não. O que fica é o constrangimento e a humilhação", finalizou.
