Mauro Fonseca/Power Mix
Nova Mutum/MT
Entre os dias 5 e 15 de agosto de 2025, acontece em todo o país a Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas, uma iniciativa do Ministério da Justiça e Segurança Pública em parceria com os órgãos de segurança estaduais. Em Nova Mutum, a mobilização também está sendo realizada pela Polícia Civil e pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (POLITEC), com apoio da Secretaria Nacional de Segurança Pública.
A ação tem como objetivo ampliar o banco de perfis genéticos, cruzando os dados de familiares com informações de pessoas desaparecidas, vivas ou falecidas e ainda não identificadas.
O Power Mix conversou com o delegado Rodrigo Rufatto e com a gerente da POLITEC de Nova Mutum, Michele Giraldelli, que explicaram a importância da campanha e o impacto direto que a participação da população pode ter na solução de casos de desaparecimento.
Segundo os especialistas, a coleta do DNA é voluntária e gratuita, sendo voltada para familiares de primeiro grau da pessoa desaparecida. O material genético é analisado e inserido no banco nacional, que realiza cruzamentos com outros perfis já cadastrados.
“A doação pode ajudar a identificar pessoas encontradas vivas ou até mesmo restos mortais que ainda não foram reconhecidos. É uma chance real de dar respostas às famílias que vivem na angústia da incerteza”, destacou a gerente Michele Giraldelli.
Como funciona o processo
Após a coleta do DNA, os peritos realizam o cadastro do perfil genético, que é comparado com os dados disponíveis no banco nacional. Caso haja compatibilidade com uma pessoa viva, a família é informada sobre a localização. Se for identificada uma pessoa falecida, a instituição responsável entra em contato com os familiares para dar seguimento aos procedimentos legais.
Se o perfil ainda não for localizado, ele permanece no banco e será constantemente comparado com novas entradas a cada atualização da base de dados.
Quem pode doar?
De acordo com os critérios da campanha, podem doar: Pai e mãe da pessoa desaparecida; Filhos e genitor do filho da pessoa desaparecida; Irmãos (de preferência mais de um, se possível).
Além disso, familiares também podem colaborar com material biológico do próprio desaparecido, como escova de dente, aparelho de barbear, dentes de leite, cordão umbilical, entre outros itens de uso pessoal, o que aumenta as chances de identificação.
Importância social
O delegado Rodrigo Rufatto reforçou que a campanha é um passo fundamental na política de enfrentamento ao desaparecimento de pessoas. “Estamos lidando com vidas e famílias que muitas vezes esperam por uma resposta há anos. A tecnologia do DNA é uma aliada poderosa nesse processo. Contamos com o apoio da sociedade para fortalecer essa rede de busca e solidariedade”, enfatizou.
A população pode procurar as unidades da Polícia Civil ou da POLITEC em Nova Mutum entre os dias 05 a 15 de agosto, para realizar a doação de DNA de forma voluntária. A expectativa é de que a campanha nacional ajude a solucionar centenas de casos em aberto, dando esperança e alívio a milhares de famílias brasileiras.
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