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GERAL Quarta-feira, 04 de Junho de 2025, 15:21 - A | A

04 de Junho de 2025, 15h:21 - A | A

GERAL / MUTUM PRIMEIRO

Presidente da Rumo confirma prioridade ao ramal da ferrovia do Médio Norte em Nova Mutum/MT

Da redaçao/Power Mix
Rondonópolis/MT



Após anos de expectativa e pressão política, Cuiabá continua fora do traçado prioritário da Ferrovia Estadual Senador Vicente Emílio Vuolo. Em entrevista , o presidente da Rumo Logística, Pedro Palma, confirmou que o trecho ferroviário ligando a capital mato-grossense à malha estadual será o último a ser executado. A prioridade da empresa, segundo Palma, está no ramal em direção ao Médio Norte, com destino a Nova Mutum, um dos principais polos do agronegócio no estado.

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A declaração foi dada durante a inauguração da maior ponte da ferrovia, construída sobre o Rio Vermelho, entre os municípios de Dom Aquino, Primavera do Leste e Campo Verde. Questionado sobre a ordem de execução dos trechos, Pedro Palma foi direto: “Sim, perfeito. Estamos bastante focados na execução dessa primeira fase, ou seja, na entrega dos primeiros 162 quilômetros da ferrovia. A continuidade para o Médio Norte possivelmente será divulgada até o fim do ano. Em relação ao ramal de Cuiabá, estamos agora trabalhando no licenciamento ambiental", afirmou.

Licenciamento ambiental avança, mas sem cronograma

Apesar da ausência de um prazo concreto para o início das obras até Cuiabá, o presidente da Rumo ressaltou que há, sim, interesse da empresa na extensão. Como justificativa, destacou a protocolização do pedido de Licença de Instalação, apresentada em maio deste ano.

“A demonstração da protocolização é uma prova clara do nosso interesse e do compromisso com o governo do Estado”, garantiu Palma. O trecho entre Santa Elvira, distrito de Rondonópolis, e Cuiabá possui aproximadamente 172 quilômetros e depende da concessão da licença ambiental para que o traçado seja refinado e, futuramente, para que a construção seja iniciada.

Logística focada em grãos, mas de olho em cargas industriais

Pedro Palma também comentou sobre o perfil de cargas que a ferrovia atenderá. Embora o agronegócio continue sendo o carro-chefe das operações da Rumo, a capital pode ter um papel estratégico na movimentação de produtos industrializados.

“Já operamos com bastante intensidade cargas industrializadas através da nossa empresa Abrado, uma operação de container super relevante. Faz parte do nosso futuro permitir que essas cargas também acessem a ferrovia", destacou.

Essa possibilidade reforça a importância de Cuiabá como polo logístico para o setor industrial, ainda que o avanço dos trilhos até a cidade permaneça indefinido.

Promessa antiga, realidade adiada

A extensão da ferrovia até Cuiabá é uma reivindicação política antiga. Desde que a malha federal parou em Rondonópolis, a inclusão da capital mato-grossense no mapa ferroviário tornou-se símbolo de promessa não cumprida. O governo Mauro Mendes segue defendendo a conexão, mas os sinais do setor privado, responsável pelo investimento e execução, caminham em outra direção.

Com a Rumo controlando o ritmo das obras e priorizando os polos produtores de grãos, Cuiabá mais uma vez vê a modernização da infraestrutura logística passar ao largo de seu território.

Ferrovia estadual avança: 700 km e R$ 15 bilhões em investimentos

Apesar da indefinição sobre o trecho até a capital, a Ferrovia Estadual Senador Vicente Emílio Vuolo segue avançando. Trata-se do primeiro projeto ferroviário construído por um governo estadual no Brasil. Com mais de 700 quilômetros previstos e um investimento total estimado em R$ 15 bilhões, a ferrovia conectará 16 municípios, entre eles Rondonópolis, Lucas do Rio Verde e, futuramente, Cuiabá.

As obras do primeiro trecho, entre Rondonópolis e Campo Verde, já estão em andamento, com a expectativa de que o terminal central entre em operação até 2026. Enquanto isso, o traçado que ligará à capital permanece em fase de licenciamento, sem previsão concreta para o início da construção.



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Antônio 05/06/2025

É só a classe política não autorizar as obras e as licenças ambientais até que conclua o trecho até Cuiabá. Chega de esperar por essas obras ! A mesma coisa se aplica ao aeroporto Marechal Rondon com a proposta de internacionalizar, o que vemos é um atraso proposital para beneficias outras cidades em detrimento de Cuiabá vamos unir e parar essa ferrovia até que conclua Cuiabá.

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1 comentários