Wesley Moreno/PowerMix
Nova Mutum/MT
A rede pública de saúde de Nova Mutum/MT vive o desafio de equilibrar alta demanda periódica, investimentos significativos e a pressão por agilidade no atendimento. Em maio, o município registrou cerca de 24 mil consultas médicas, 29 mil exames laboratoriais e distribuiu mais de 800 mil medicamentos gratuitamente. A média diária chega a 500 atendimentos em todo o sistema municipal.
Contudo, os últimos 10 dias de junho apresentaram um cenário totalmente diferente: houve queda significativa na procura por atendimentos nas unidades básicas e de urgência. Para os gestores, esse alívio momentâneo não elimina a necessidade de repensar estratégias para os períodos de alta.
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Superlotação sazonal exige preparo
No auge da demanda, o Pronto Atendimento (PA) Jardim registrou até 400 atendimentos em um único dia, com estrutura de cerca de 70 profissionais e até quatro médicos por turno. “Segundas-feiras são críticas, e epidemias como gripe e dengue pressionam ainda mais o sistema”, aponta o coordenador Victor Neves.
Já em junho, o movimento arrefeceu. “Nos últimos dez dias, houve uma redução significativa nas consultas, o que mostra como o fluxo é instável”, acrescenta Neves. A queda repentina na procura reforça o caráter sazonal da demanda, o que dificulta o planejamento contínuo das equipes.
Estratégia para síndromes gripais segue com baixa adesão
Desde o final de maio, o ESF Brasil passou a atender exclusivamente casos de síndromes gripais à noite. A medida buscava aliviar o PA Jardim. No entanto, a baixa adesão da população compromete os resultados. “Mesmo com dois médicos escalados, temos plantões com menos de 10 atendimentos”, relata Juciane Lima Kanieski, coordenadora da unidade.
A subutilização dessa estratégia expõe um desafio adicional: educar a população para procurar o local certo, na hora certa, e evitar a sobrecarga do pronto atendimento.
Wesley Moreno/ PowerMix
Alto investimento, mas gestão do fluxo ainda é desafio
A Prefeitura de Nova Mutum destina mais de 30% do orçamento municipal à saúde. Em números absolutos, isso se traduz em:
• 24 mil atendimentos médicos/mês
• 29 mil exames laboratoriais/mês
• 800 mil medicamentos distribuídos em maio
Apesar da estrutura robusta, os gargalos persistem em momentos de pico. “A população precisa entender os canais disponíveis, e nós precisamos seguir ajustando o atendimento à realidade da demanda”, conclui Neves.
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