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GERAL Terça-feira, 21 de Setembro de 2021, 13:35 - A | A

21 de Setembro de 2021, 13h:35 - A | A

GERAL / PROTESTO RADICAL

Diretor faz greve de fome contra fechamento de escola em Várzea Grande

Escola Estadual Licínio Monteiro da Silva atende mais de 1,6 mil estudantes, que ficarão "desalojados" com o fechamento da unidade

Repórter MT



O diretor da Escola Estadual Licínio Monteiro da Silva, em Várzea Grande, José Cícero da Mota, anunciou greve de fome, a partir de terça-feira (21), como manifestação contra o fechamento da unidade.

O “aviso” sobre a greve foi feito pelo diretor durante audiência pública realizada na Assembleia Legislativa nessa segunda-feira (20). O diretor alega que o governo estadual não tem dialogado com a comunidade escolar sobre a decisão anunciada pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc).

A Escola Estadual Licínio Monteiro é uma das 19 que serão “remanejadas” pela Seduc, passando para a gestão municipal. Com isso, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep), mais de 1,6 mil estudantes serão prejudicados.

Os dirigentes apontam, por exemplo, gasto maior com o transporte público, considerando que em Várzea Grande não há passe livre para os estudantes. Além disso, os professores apontaram a falta de investimentos nas escolas que deverão absorver a demanda de alunos com o fechamento da unidade. Conforme o Sintep, essas escolas ainda não tiveram direcionamento de como deverão abrigar os alunos.

A intenção era que algumas dúvidas da comunidade fossem sanadas durante a audiência pública. Entretanto, o secretário de Educação, Alan Porto, não compareceu à Assembleia, tendo se limitado a enviar um representante.

“O impacto do redimensionamento ou ‘prefeiturização’ de matrículas prejudicará milhares de estudantes com impacto inclusive nas famílias. A decisão em fechar escolas em Várzea Grande, assim como vem ocorrendo em vários municípios parceiros do governo do estado, não houve sequer tempo de comunicar as famílias", afirmou o Sintep.

Ainda segundo o sindicato, no caso específico da escola do diretor José Cícero, a Seduc havia apontado ao Ministério Público Estadual que a EE Licínio Monteiro não estava incluída no rol de escolas que passariam pela reestruturação.

A assessoria da Seduc foi procurada para um posicionamento, mas até a publicação da matéria não foi passado nenhuma posição. O espaço segue aberto para manifestação.



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