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GERAL Quinta-feira, 27 de Fevereiro de 2025, 15:31 - A | A

27 de Fevereiro de 2025, 15h:31 - A | A

GERAL / GRUPO DE EX-PREFEITO DE SORRISO

Farelo de soja misturado com areia expõe suposto esquema bilionário entre BTG Pactual e Grupo Safras

Olhar Juridico



A recente descoberta de farelo de soja contaminado com areia no porto de Paranaguá (PR) trouxe à tona uma complexa rede de negócios envolvendo gigantes do agronegócio brasileiro. Documentos obtidos por essa reportagem confirmam que o material apreendido na esmagadora de soja da Queiroz Agro, na verdade pertence à Engelhart CTP Brasil S.A. (ECTP), conhecida como BTG Pactual Commodities S.A, com sede em Londres.

E os desdobramentos do caso apontam que o BTG Pactual, atuante no mercado brasileiro de compra e venda de commodities agrícola, nutre uma forte ligação com o Grupo Safras, tradicional empresa do setor agrícola mergulhada em uma crise financeira de proporções bilionárias. A conexão entre os dois grupos não é nova. Nos últimos anos, conforme a crise financeira do Safras se tornou pública, o BTG passou a desempenhar papel central nas operações da empresa mato-grossense.

Os documentos mostram ainda que a ECTP, ou seja, o BTG Pactual Commodities, tem recebido grandes volumes de sojas provenientes do Safras. A manobra ocorre em função do grupo de Mato Grosso estar impedido de operar diretamente devido a inúmeras execuções judiciais movidas por credores insatisfeitos. Produtores rurais da região da BR-163 relatam que estão sem receber pelos grãos entregues ao Safras há mais de um ano.

O Safras é liderado pelo ex-prefeito de Sorriso (MT), Dilceu Rossato, e estima-se que a dívida ultrapasse R$ 2,5 bilhões, atingindo principalmente pequenos e médios produtores. Nos últimos dois anos, o grupo transferiu dois de seus principais ativos – os armazéns de Novo Mundo e Boa Esperança, ambos em MT – para a BTG Pactual. A parceria se estende ainda para uma esmagadora em Cuiabá, onde toda a soja processada entra em nome da ECTP, reforçando a dependência do Safras em relação ao banco.

Nova gestão e fundo de investimento

Recentemente, surgiram rumores de que o controle do Safras teria sido adquirido pelo Flowinvest, um fundo de investimentos com sede no Paraná, mas com forte atuação em Mato Grosso e São Paulo. O fundo, supostamente apoiado pelo próprio BTG Pactual, prometeu injetar milhões para aliviar as pressões judiciais sobre o Safras. Como parte dessa reestruturação, o grupo anunciou a chegada de Carlos Eduardo de Grossi Pereira, conhecido como "Cacá", como novo CEO.

Cacá, um ex-executivo da GT Foods – empresa que entrou em recuperação judicial deixando um rombo bilionário no Paraná –, é visto como uma indicação direta do Flowinvest. Tanto ele quanto o fundo têm ligações com Maringá (PR) e já atuaram juntos na GT Foods, levantando suspeitas sobre os métodos empregados para lidar com crises financeiras. O Flowinvest também tem chamado atenção por sua atuação ambígua.

Ocorre que ora se apresenta como novo acionista do Safras, indicando mediadores para negociar acordos com produtores rurais; ora aparece como credor do grupo, reivindicando centenas de milhões em dívidas. Esse modus operandi lembra outro caso controverso em Mato Grosso: a recuperação judicial do Frigorífico Redenção, onde o mesmo grupo esteve envolvido.

Engelhart

A Engelhart esclarece que, ao contrário do que relata a reportagem, não adquiriu soja ou outros produtos do Grupo Safras, tampouco tem qualquer relação acionária ou de parceria com a empresa. O Grupo Safras é um mero prestador de um serviço de industrialização de farelo e óleo de soja. Além disso, não há qualquer relação entre o Grupo Safras e o farelo de soja com suspeitas de inconformidade, identificado no mês passado no Porto de Paranaguá. A Engelhart, que foi vítima do problema, assim como outras empresas do setor, abriu boletim de ocorrência assim que identificou indícios de adulteração e colabora com a investigação que está em curso para identificação dos responsáveis por este incidente.

Nota GTFoods 

A respeito da citação deste veículo, a GTFoods informa que pediu Recuperação Judicial em agosto de 2016. Em menos de quatro anos, a companhia conseguiu aprovar o plano de recuperação, repactuou 100% das dívidas, começou a pagar e, em julho de 2020, a Justiça decretou o fim da RJ, com a empresa tendo honrado todos os seus compromissos.

Posicionamento da Flowinvest

Esclarecemos que a atividade do Flowinvest FIDC consiste na originação e concessão de crédito para pequenas, médias e grandes empresas, de diversos segmentos no âmbito nacional. Além disso, ressaltamos que a Flowinvest atua há mais de 30 anos de forma ética e transparente.

O Flowinvest esclarece que nunca foi acionista do Grupo Safras. O Flowinvest possui apenas uma relação comercial creditícia e decorrente de financiamento realizado no passado.  Ao contrário do sustentado na matéria, também ressalta que sequer teve relação comercial com o frigorífico Redenção.

Seguimos firmes em nossa missão de impulsionar negócios com responsabilidade e com a confiança de nossos parceiros e clientes.



Comente esta notícia

Joao 03/03/2025

Aprendeu com o ladrao de relógio e a turma dele?

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Glauber Magno de Carvalho 02/03/2025

Eu conheço o ex prefeito de Sorriso MT Dirceu Rossato e garanto de direita ele não é, desvio de grãos da Conab coação de funcionários públicos pra conseguir licenças e anulação de multas, estou aposentado por causa de doença e fiquei surdo era fiscal de M ambiente do município, sendo q sorriso tem autonomia de licenciamento no governo dele fez oq quis, bati de frente com ele várias vezes, encontrei ele num posto em cascavel em dezembro de 2024 numa Ram 3500 fez q não me viu, kk é corrupto de esquerda

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Oliveira 02/03/2025

Tem alguém afirmando que aprenderam com o PT, trata-se do agro e não do MST, devem ter aprendido com o Pl,republicano,até com aquele sem o partido!!

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Sidney Coneglian 01/03/2025

Faz o L...

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Sidney Coneglian 01/03/2025

Balela de desbrasileiros

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Carlos 01/03/2025

Um criminoso é apenas isso , um criminoso. Se ele se aproveita das ligações com um.partido, o faz com seus político ou dirigentes, não transformando o partido em facção criminosa . É tempo dos senhores entenderem que não são os clubes, as igrejas , os partidos que criam criminosos , uns nascem e outros se formam com seus iguais . Enquanto não assumirmos que é possível amar o Brasil usando cores diferentes, estaremos a trabalhar para ajudar aos criminosos que todos os dias trabalham para nos manter desunidos Enquanto eles constroem o poder . Um dia acordamos, e somos escravos de um partido que se tornou ele próprio numa facção criminosa.

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Ricardo 01/03/2025

Difícil acreditar nesta matéria até porque o grupo Safras em si, não tem soja desde meados de maio de 2024, como que estaria vendendo pra portos e até hj não era descoberto

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Sandro 01/03/2025

Aprenderam com a turma do PT , e no país onde mensalão não é crime , onde compra de votos é sinônimo de autoridade , riqueza e poder…misturar areia a grãos nem será considerado crime. Os culpados são os que falam ou denunciam , no país em que a corrupção manda.

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VLADIMIR EDVALDO DOBRE 01/03/2025

Uma vergonha não para o agro mas para quem está envolvido diretamente com a fraude seja o transporte ou qualquer outro. Mas a maior vergonha vem dos comentários e interpretação da matéria tendenciosa onde visa destruir a credibilidade do único setor que realmente impulsiona a economia e a geração de empregos em nosso país. Parece tudo uma grande peça de teatro onde alguém com muito interesse em destruir o agro age por tras das corti as e usa os inexperientes para produzir matéria tendenciosa para manipular os mais desinformados e que tendem a aderir ao que a mídia tradicional fala. O Agro merece o respeito de todos os brasileiros pois tudo o que vestimos, calçamos, bebemos comemos vem do agro inclusive muitos remédios fármacos são produzidos com base em produtos oriundos do agro. Mas os desavisados ficam alienados a ideologia destrutiva que a esquerda tenta a todo custo implantar em nosso país.

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Jefferson Ramos fagliari 01/03/2025

Farelo com areia foi os motoristas que colocaram na carga eles vendem o farelo depois completa com areia pra da o peso

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José aparecido 28/02/2025

É lamentável, a credibilidade do nosso agronegócio só ajuda.

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José 28/02/2025

Kkkkk farelo de soja com areia kkk o agro e pop kkkk

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12 comentários