Edina Araújo/VGN
A partir desta quarta-feira (1º), os consumidores de energia elétrica em todo o país sentirão no bolso o impacto do fim do ciclo da bandeira verde. Após cinco meses sem cobrança adicional nas contas de luz, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou a ativação da bandeira amarela, o que representa um acréscimo de R$ 1,88 a cada 100 kWh consumidos.
O motivo para a mudança, segundo a Aneel, é a transição do período chuvoso para o período seco — especialmente nas regiões onde se localizam os principais reservatórios de água que alimentam as hidrelétricas. Apesar das chuvas recentes, a agência destacou que as precipitações não foram suficientes, tampouco ocorreram em áreas estratégicas para o abastecimento dos reservatórios, o que obriga o acionamento de usinas termelétricas, mais caras e poluentes.
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A perspectiva para os próximos meses também é preocupante. Técnicos da Aneel alertam que, caso as chuvas continuem escassas ou ocorram fora do eixo dos reservatórios, o país poderá avançar para bandeiras tarifárias ainda mais onerosas, como a vermelha patamar 1 — que acrescenta R$ 4,46 a cada 100 kWh — ou até a vermelha patamar 2, que impõe o custo adicional de R$ 7,87 a cada 100 kWh, a tarifa mais alta do sistema.
Especialistas orientam os consumidores a ficarem atentos ao consumo e adotarem medidas de economia, como o uso racional de ar-condicionado, ferro de passar e chuveiro elétrico. Além disso, reforçam que o consumo consciente agora pode ajudar a evitar aumentos mais severos nos próximos meses.
Enquanto isso,a expectativa é de que a conta de luz não pese ainda mais. Contudo, diante do atual cenário climático, o recado da Aneel é claro: prepare o bolso, pois a energia ficará mais cara a partir de agora.