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GERAL Sexta-feira, 12 de Agosto de 2022, 11:38 - A | A

12 de Agosto de 2022, 11h:38 - A | A

GERAL / BARROU FERROVIA

Mauro critica MPF: "Agora porque o índio anda de um lado pro outro, não vamos fazer obra nenhuma em MT?"

O traçado da ferrovia passa a 10km da área indígena, mas o MPF alega que o índio andará pela área; "O índio anda o estado todo, então vamos ter que parar MT", questionou Mauro

Daffiny Delgado/Repórter MT



O governador Mauro Mendes (União Brasil) detonou na manhã desta sexta-feira (12), a decisão do Ministério Público Federal (MPF) que pediu a suspensão da licença ambiental concedida à empresa Rumo, responsável pela construção da primeira ferrovia  estadual em Mato Grosso, batizada de Vicente Vuolo, pela falta de estudo de impacto da obra em terras indígenas. Para ele, o órgão está equivocado.

“Eu não controlo o Ministério Público Federal, agora, com todo respeito ao importante papel que ele tem, eu acho que é uma brincadeira o que eles estão fazendo”, declarou em entrevista à rádio Centro América FM.

Na semana passada, o MPF apontou que não foram realizados os estudos bem como a devida consulta prévia e informada junto ao povo impactado.

O traçado da ferrovia está previsto para passar entre as Terras Indígenas Tereza Cristina e Tadarimana, ambas povoadas pelos indígenas da etnia Boe Bororo.

Com a falta dessa documentação, o Ministério Público pediu a suspensão do licenciamento ambiental da ferrovia que vai ligar Rondonópolis (212 km de Cuiabá) a Lucas do Rio Verde (354 km de Cuiabá) e também, de qualquer outra licença que seja emitida pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) até que o processo de consulta ao povo Boe Bororo seja feito.

Ao contrário do que diz o MPF, o governador explicou que o traçado não impacta os povos indígenas, que as aldeias ficam a cerca de 10 quilômetros de onde devem ser realizada as obras.

Além disso, ele criticou dizendo que se levar em consideração o percurso dos povos indígenas, o Estado teria que parar.

“Porque não tem índio no meio do caminho, está mais de 10 quilômetros de qualquer aldeia indígena. 'Ah não, mas o índio passa daqui pra lá'. Uai, o índio anda no estado inteiro. Então se eles andam no estado inteiro, todo lugar que o índio passar tiver que fazer um estudo de componente indígena nós vamos parar o estado de Mato Grosso”, criticou.

“Então, o Ministério Público, na minha opinião, está equivocado, não tem interferência. Agora porque o índio anda de um lado pro outro, não vamos fazer obra nenhuma em Mato Grosso, porque vai ter que estudar três, quatro, cinco anos porque aquela Funai demora. Pelo amor de Deus, não façam isso com Mato Grosso”, completou governador.



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