Os servidores públicos estaduais cruzaram os braços nesta terça-feira (31) e iniciaram a primeira greve geral enfrentada pelo governo Pedro Taques (PSDB). Os servidores cobram do estado à reposição salarial de 11,28% referente à Revisão Geral Anual (RGA) que acontece todo mês de maio.
Em Nova Mutum um ato foi promovido por professores da rede estadual a participação de alunos que apoiam a greve. Alunos e professores carregaram faixas e cartazes durante caminhada pela Avenida Mutum (principal da cidade). Um dos organizadores disse que o intuito é mobilizar a população sobre a situação que os profissionais do estado se encontram.
Nesta segunda-feira (30) o estado apresentou ao fórum sindical uma proposta que prévia o pagamento parcelado em duas vezes sendo 2% em setembro, e mais 3% em janeiro de 2017, sem retroagir. A proposto foi rejeitada.
Por outro lado o estado alega que devido à crise econômica que o país passa não tem como atender as demandas dos servidores. O argumento é que se o RGA for concedido o estado estouraria os limites de gastos com pessoal que é de 51%.
No total, 29 sindicatos e associações já deliberaram por aderir à mobilização, sendo 28 filiados ao Fórum Sindical, mais o Sindicato dos Servidores do Detran (Sinetran). Duas categorias foram contra a greve: o Sindicato dos Trabalhadores da Empaer (Sinterp), que representa os empregados públicos da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), e o Sindicato dos Fiscais de Tributos Estaduais de Mato Grosso (Sindifisco) – estes últimos são os responsáveis por movimentar a máquina arrecadadora do estado.
O movimento grevista ganhou força nas duas últimas semanas, mas protestos vêm sendo realizados pelo funcionalismo público do estado desde que o governo anunciou oficialmente, no dia 6 de maio, que não iria pagar a reposição da inflação.
O governo afirma que a proposta feita aos servidores considera o atual cenário da economia nacional e alega que a União deve ao estado parcelas finais referentes ao FEX de 2015 e que ainda não recebeu nenhuma parcela de 2016.
Conforme o Poder Executivo estadual, o pagamento da RGA poderia atrasar os próximos salários dos servidores - a recomposição teria impacto de R$ 628 milhões na folha salarial de 2016.
Fonte:MutumNoticias