O senador Jayme Campos (DEM-MT) fez duras críticas ao Governo de Mato Grosso, que editou no mês de abril o Decreto 1694/2013, reduzindo em aproximadamente 50% o repasse dos recursos destinados à área de saúde para os municípios. “Enquanto o mundo investe na qualificação, na antecipação tecnológica e na inovação terapêutica, Mato Grosso quer fazer o caminho contrário, praticando a usura e métodos medievais de combate à doença”, criticou.
Em discurso nesta quinta-feira (09.05), Jayme Campos imprimiu seu apoio à manifestação dos prefeitos e secretários de Saúde dos municípios da região Sul de Mato Grosso que se reuniram, no início da semana, em Rondonópolis, sob a coordenação do prefeito Percival Muniz e decidiram ingressar na Justiça pedindo a suspensão dos efeitos do decreto assinado pelo governador Silval Barbosa.
“Segundo relatou Muniz, o atendimento médico em seu município estará comprometido na essência, atingindo tanto a atenção básica quanto o atendimento de alta complexidade, assim como na maioria dos municípios mato-grossenses. Rondonópolis terá mais de 57% de seus recursos bloqueados”, revelou o senador.
O democrata informou ainda que o Sindicato dos Médicos de Mato Grosso também se manifestou contrariamente ao decreto. “O sindicato também pretende acionar a Justiça para reverter os efeitos da decisão governamental. Segundo estes profissionais, a redução da verba anual para os municípios de 155 para 77 milhões de reais, não só compromete o exercício da medicina, como pode gerar o caos no interior”, afirmou.
Assembleia – Jayme Campos, durante o pronunciamento, exigiu a revogação do Decreto 1694, pedindo o restabelecimento dos patamares de repasses para o setor de saúde dos municípios. O parlamentar também sugeriu que a Assembleia Legislativa de Mato Grosso promova “uma profunda reflexão sobre o tema, ouvindo o clamor dos prefeitos e profissionais da saúde, para, o mais breve possível, rever esta medida”.
Ao final do discurso, Jayme Campos pediu respeito para com a saúde do povo de Mato Grosso. “Estamos tratando de vidas humanas. Qualquer indivíduo que sucumba à doença pela falta de recursos públicos, representa o mesmo que condenar toda a sociedade mato-grossense ao holocausto da indiferença e da perfídia. Mato Grosso deve tratar sua gente com respeito e humanidade, com saúde de qualidade e a devida atenção social que todos merecem”, enfatizou o parlamentar.