Primeira Página
Mato Grosso
Um esquema de furto e venda clandestina de pedra de fel, substância de alto valor retirada do gado, foi desmantelado nessa quinta-feira (19) após uma sequência de flagrantes dentro de um frigorífico em Mato Grosso.
O caso começou de manhã, quando o circuito de câmeras do setor industrial registrou um funcionário tentando esconder o produto furtado dentro de um animal abatido. Ao perceber que seria abordado pela equipe de segurança, o trabalhador tirou a pedra do bolso e, disfarçando, introduziu o item dentro da carcaça de um boi.
O gerente do setor acionou, via rádio, o supervisor, que foi até o local e confirmou a presença da substância em uma sacola dentro do animal. A atitude suspeita se agravou quando o supervisor, junto de outra funcionária, tentou se livrar do material, rasgando o plástico e lançando a pedra para dentro de um cofre.
O funcionário foi abordado e, em entrevista à polícia, confessou que desviava as pedras de fel do frigorífico para vender no mercado clandestino. Ele também indicou o comprador habitual: um morador do bairro Bom Sucesso, em uma região de chácaras.
Com a informação em mãos, os policiais seguiram até o endereço do receptador e encontraram o suspeito em sua residência. Ele confirmou a compra do produto e revelou que revendia as pedras para um terceiro, na cidade de Cáceres, a 220 km de Cuiabá.
Durante buscas no local, foram encontrados:
Duas porções de pedra de fel (uma grande e uma menor, ambas fragmentadas);
Duas pedras de fel intactas;
Um revólver calibre .38
Dezenove munições calibre .38;
Duas balanças de precisão.
O suspeito afirmou que a arma era de sua propriedade e que mantinha o material guardado em seu quarto.
Após a prisão do receptador, os policiais retornaram à casa do funcionário detido. Ele indicou que ainda havia mais pedras escondidas no guarda-roupa. Durante revista, foram localizadas:
Duas pedras de fel;
Um revólver calibre .38 da marca Rossi
Cinco munições calibre .38.
Os dois homens foram conduzidos à Central de Flagrantes. O material foi apreendido e entregue às autoridades.
A representante da empresa esteve presente na delegacia e entregou as imagens de segurança em um pen drive, que devem reforçar os indícios do esquema criminoso. A polícia também solicitou perícia nos celulares dos envolvidos, diante da possibilidade de participação de outros funcionários ou compradores.