Ana Júlia Pereira/GD
Vilma Auxiliadora de Souza Silva, servidora de Várzea Grande e diretora da Escola Municipal de Ensino Básico (Emeb) Maria de Lourdes Toledo Areias, foi denunciada por práticas reiteradas e cruéis de maus-tratos e tortura psicológica cometidas contra crianças, principalmente as que possuem necessidades especiais. A prefeitura de Várzea Grande anunciou que ela será afastada e responderá a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD).
As denúncias foram formalizadas após um áudio ser divulgado nas redes sociais. Na gravação, a diretora da creche ameaça uma criança com necessidade especial, dizendo que vai "levá-la para um quarto escuro e a amarrar". Ela ainda ameaça chamar uma enfermeira para aplicar injeção no menor, que grita e chora alto, em claro sinal de desespero.
Segundo relatos, os abusos praticados pela diretora ocorrem de forma reiterada. Ela possui histórico de gritar com os alunos diariamente pelos corredores da escola. O tom de voz usado é ameaçador, autoritário e opressor, causando medo generalizado entre os estudantes, especialmente entre os mais vulneráveis.
A denúncia relata ainda que a diretora utiliza uma régua ou objeto de madeira para bater fortemente sobre a mesa da sala, como forma de intimidar as crianças, causando choques emocionais e terror psicológico.
O documento a gestão da unidade escolar é omissa, pois se mantém em silêncio diante dos abusos, permitindo que as práticas de repressão violenta continuem, pois a mesma é diretora da unidade.
A denúncia ressalta que a diretora foi denunciada outra vezes, mas nenhuma providência concreta foi tomada. O documento será encaminhado à Polícia Civil para a apuração da prática de crime de maus-tratos e tortura psicológica contra criança. Vilma é servidora desde agosto de 2022 e atualmente recebe um salário bruto de R$ 22.312,20.
Em nota, a Prefeitura de Várzea Grande informou oferece apoio psicológico à família e criança vítima de agressão moral.
Veja nota da prefeitura:
A Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer de Várzea Grande, informa que vai afastar a servidora efetiva, que supostamente agrediu moralmente uma criança em uma escola Municipal de Várzea Grande. Segundo o Estatuto do Servidor Público, ela pode responder a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD).
A Secretaria reitera que já está dando apoio psicológico a família. Além disso, segue prestando todas as informações necessárias aos órgãos competentes. A Secretária de Educação afirma ainda que não tolera e nem aceita maus-tratos, em suas comunidades escolares e muito menos a discentes.
