Amanda Divina/Olhar Direto
O delegado da Polícia Civil Higo Rafael Ferreira informou que os suspeitos de matarem as irmãs Rayane Alves Porto, 25 anos, e Rithiele Alves Porto, 28 anos, foram encontrados após o quarto de um hotel ser alugado e R$ 6 mil serem gastos em roupas. As irmãs foram executadas em Porto Esperidião por supostamente fazerem o sinal de 3 com as mãos, referente à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
As jovens foram mortas no dia 14 deste mês após serem mantidas em cativeiro por membros da facção criminosa Comando Vermelho. Elas tiveram as mortes decretadas por um detento que estava na Penitenciária Central do Estado (PCE) que assistiu as execuções por vídeo chamada. O suspeito foi identificado e colocado em uma cela isolada.
As irmãs tiveram os cabelos e dedos cortados. Rayane morreu ao receber uma facada no lado esquerdo do pescoço, abdômen e ser atingida com um pedaço de madeira. De acordo com as informações do delegado, ainda não foi encontrado nenhum vínculo das irmãs com facções criminosas.
"A partir dessa foto eles debateram nos grupos de WhatsApp e decidiram tomar alguma providência. Alguns disseram que a situação saiu do controle lá no local porém outros dizem que já saíram com a intenção de praticar esse crime.", disse o delegado em entrevista à CBN.
Os criminosos pediram R$ 100 mil para liberarem as vítimas. Rayane, que era candidata a vereadora, telefonou para o candidato a prefeito Herculis Albertini Venturelli (PSD) e pediu apoio financeiro para deixar a residência onde foi morta.
O candidato a vice-prefeito Ronaldo Mandela (Republicanos) transferiu R$ 11 mil na tentativa de salvar as jovens. Já os suspeitos foram localizados após alugarem um quarto em um hotel de Cáceres e gastarem cerca de R$ 6 mil.
Ao todo, 12 pessoas envolvidas no crime já foram presas, entre elas cinco menores de idade que tiveram a internação decretada.
“Esses quatro foram localizados após chegarem em Cáceres, se hospedarem em um hotel, irem em diversas lojas caras e comprar roupas e perfumes. Eles compraram roupas caras, perfumes quase R$ 6 mil em roupas no débito no próprio cartão deles, pagaram taxista um valor alto no pix, no hotel no pix. Eles estavam com uma boa quantia em dinheiro”, disse.
Ainda conforme a autoridade policial, a investigação deve ajudar a esclarecer a origem do dinheiro.