G1/MT
Estados Unidos
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira (1º) que "teremos que dar uma olhada" se seu governo deportará o bilionário sul-africano Elon Musk, dono da Tesla, X e SpaceX e ex-aliado que rompeu com ele no final de maio.
Ao ser questionado por uma repórter sobre se iria deportar Musk, Trump disse não saber. Não negou, mas tampouco descartou a possibilidade.
Musk emigrou para o Canadá na juventude e, depois de cursar a faculdade, estabeleceu-se nos Estados Unidos. Atualmente é cidadão americano e, em princípio, não poderia ser deportado. No entanto, nos últimos meses, autoridades deportaram crianças nascidas nos EUA e com cidadania americana por serem filhas de imigrantes.
A fala de Trump remete a um post nas redes sociais feito por ele fez durante a madrugada, em que insinuou que o DOGE deveria analisar os incentivos federais recebidos pelas empresas de Musk. Segundo Trump, "os EUA economizariam uma fortuna".
O republicano deu a declaração sobre uma possível deportação poucas horas após o bilionário sugerir que criaria um novo partido político nos EUA, chamado "Partido da América", caso o Congresso aprove um megapacote fiscal proposto por Trump.
Segundo Musk, o projeto do republicano aumentará os gastos públicos e poderá levar os EUA à falência. O pacote foi aprovado pelo Senado americano nesta terça.
Musk atuou como chefe do DOGE entre janeiro e maio deste ano, quando ainda era aliado e conselheiro de Trump. O bilionário havia sido nomeado pelo presidente sob a promessa de cortar US$ 2 trilhões em gastos federais e encerrou milhares de empregos e contratos.
Trump afirma que Musk recebe muitos subsídios federais, e que o bilionário estaria irritado porque seu governo vai "acabar" com políticas como a de incentivo aos carros elétricos, algo que o presidente chama de "mandato do carro elétrico".