Olhar Direto
A enfermeira e coordenadora da Vigilância em Saúde do município de Campinápolis, Suelen Cequinel, afirmou que nove pessoas estão sendo monitoradas após terem contato com as aves diagnosticadas com o vírus da influenza aviária (H5N1). O foco foi descoberto em uma propriedade na última semana.
Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), a propriedade onde houve a identificação do foco é de um criador de aves para subsistência. A coordenadora explicou que as nove pessoas que estão sendo monitoradas tiveram contato direto ou indireto com os animais.
"No momento, estamos com nove pessoas sob monitoramento, ou seja, essas nove pessoas foram expostas de forma direta ou indireta, e sendo duas delas como casos suspeitos, que já foi iniciado todo o protocolo, todo o manejo clínico. Já foi realizada notificação, tratamento e coleta de amostras. E, quando chegar o resultado, os casos serão classificados como confirmados ou descartados", disse Suelen.
Indenização
O criador de aves para subsistência que teve seu rebanho sacrificado devido à confirmação de um foco de gripe aviária H5N1 em Campinápolis será indenizado. O anúncio foi feito pelo presidente da Associação Matogrossense de Avicultura (AMAV), Lindomar Rodrigues.
Segundo Rodrigues, que também é médico veterinário, o valor da indenização será de aproximadamente R$ 25 por ave, a ser pago diretamente ao produtor.
O pagamento da indenização ocorre após o decreto estadual de emergência zoossanitária, publicado na segunda-feira (10), que estabelece medidas rigorosas para conter o surto do vírus. O foco foi confirmado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) no último sábado (7) e representa o quarto caso de H5N1 em aves domésticas no Brasil.
A área afetada foi imediatamente isolada, e o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (INDEA/MT) intensificou o monitoramento nas propriedades vizinhas. Até o momento, não há risco para o comércio de carne e ovos, já que o foco se deu em uma criação de subsistência e não existem granjas comerciais num raio de 10 km do local.
O governo estadual destacou que o consumo de produtos avícolas permanece seguro e que o Brasil mantém o status de país livre de influenza aviária em aves comerciais. Ainda assim, medidas de biossegurança foram reforçadas em todo o estado. O decreto de emergência tem validade inicial de 90 dias, podendo ser prorrogado conforme a evolução do quadro epidemiológico.