Fábio Rübenich
O mercado físico de boi gordo registrou preços pouco alterados nesta semana mais curta, de Carnaval. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, começaram a surgir as primeiras sinalizações de inversão na tendência de alta nos preços, com recuos significativos da carne bovina no atacado sendo registrados.
A margem operacional dos frigoríficos é cada vez mais estreita em função desse cenário, e muitas unidades sinalizam para a redução da capacidade de abate, uma tentativa de mitigar os efeitos do encarecimento da matéria-prima.
Com isso, foram registrados negócios abaixo da referência média em alguns estados nos últimos dias. “A fragilidade da demanda de carne bovina atua como o grande ponto de inflexão do mercado neste momento”, assinalou Iglesias.
Com isso, os preços a arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 18 de fevereiro:
* São Paulo (Capital) – R$ 303,00 a arroba, contra R$ 305,00 a arroba em 11 de fevereiro, recuando 0,66%.
* Minas Gerais (Uberaba) – R$ 303,00 a arroba, ante R$ 302,00 a arroba, subindo 0,33%.
* Goiânia (Goiás) – R$ 290,00 a arroba, inalterado.
* Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 293,00 a arroba, contra R$ 295,00 a arroba (-0,7%)
* Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 300,00 a arroba, contra R$ 295,00 a arroba estável.
Exportação
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 204,798 milhões em fevereiro (10 dias úteis), com média diária de US$ 20,479 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 44,986 mil toneladas, com média diária de 4,498 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.552,50.
Em relação a fevereiro de 2020, houve perda de 24,72% no valor médio diário da exportação, perda de 26,77% na quantidade média diária exportada e valorização de 2,81% no preço médio. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior.
