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O Conselho Tutelar determinou que Miguel Oliveira, adolescente de 15 anos conhecido como "pastor mirim", está proibido de realizar pregações em igrejas por tempo indeterminado. A decisão foi comunicada após uma reunião entre o órgão e os pais do jovem, Erica e Pastor Marcinho Silva.
Além de interromper as pregações, a medida exige que Miguel se afaste das redes sociais, retorne às aulas presenciais e cancele todos os seus eventos agendados. O pai mencionou que já vinha insistindo para que o filho retornasse aos estudos presenciais, o adolescente estava estudando online.
Além disso, o pai conta que não via com bons olhos as viagens que ele fazia sozinho pelo Brasil para suas pregações. Miguel e sua família estavam sofrendo ameaças após causar uma série de polêmicas nas redes sociais.
Alguns comentários agressivos chegavam a acusar Miguel de ser um "anticristo" ou "profeta do demônio". Diante da gravidade da situação, os pais registraram o caso na Polícia Civil e no Ministério Público de São Paulo.
A família também informou através de sua assessoria de imprensa que decidiu não conceder mais entrevistas ou expor o filho na mídia.
Pastor disse “rasgar o câncer” e pedir mais de R$1.000 para fieis
Essa intervenção do Conselho Tutelar ocorre em meio a uma série de polêmicas envolvendo o adolescente. Em um vídeo que viralizou na internet, Miguel aparece em um culto rasgando folhas de papel e declarando a cura de uma fiel.
"Eu rasgo o câncer, eu filtro o teu sangue e eu curo a leucemia", afirma o jovem na gravação. As controvérsias não terminam no vídeo. Miguel também foi criticado pela forma de seus discursos.
Seus pedidos de doações durante os cultos também chamaram atenção, como quando solicitou que fiéis fossem ao altar doar mais de R$1 mil, associando a velocidade da doação à velocidade do milagre.
A assessoria do jovem afirma que esses valores são direcionados às igrejas que o convidam, e não para Miguel pessoalmente.