A greve dos bancários foi confirmada em assembleia-geral da categoria e a paralisação em todas as agências começa na próxima terça-feira (30). Os trabalhadores rejeitaram a proposta de 7% de reajuste feita pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e deliberaram pela paralisação. A assembleia foi realizada na Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (Seeb-MT) no começo da noite desta quinta-feira (25) e houve a participação da diretoria do sindicato e mais de 100 bancários que decidiram de forma unânime pela greve.
Durante o movimento paredista a ideia é que nenhuma agência faça atendimento aos clientes nos caixas. Os 30% de trabalhadores que deverá continuar trabalhando realizará apenas serviços internos como compensação de cheques e depósitos, bem com o reabastecimento dos caixas eletrônicos.
De acordo com o Seeb, as principais reivindicações da categoria são reajuste salarial de 12,5%, aumento do PLR, Vale-cultura para toda categoria, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, fim das demissões e da rotatividade, mais contratações, proibição às dispensas imotivadas como determina a Convenção 158 da OIT, aumento da inclusão bancária e combate às terceirizações. A luta da categoria também engloba mais segurança nos bancos com a prevenção contra assaltos e sequestros.
De acordo com o sindicato, os 7% representam 0,61% de aumento real, na PLR e nos auxílios refeição, alimentação e creche, além de 7,5% no piso (1,08% acima da inflação).
De acordo com presidente do sindicato, José Guerra, os bancos foram irredutíveis em atender às reivindicações da categoria e por isso a greve foi a medida escolhida por toda a base que participou da assembleia geral extraordinária. Ele ressalta que a campanha nacional exige melhorias para toda população. “Queremos valorização e respeito”, afirma ele explicando que apesar dos lucros exorbitantes, os bancos não investem em segurança como deveriam e ao invés de contratar, só demitem", diz ele explicando que a greve é último instrumento de luta e cabe aos bancos respeitar os trabalhadores.
"Nossa categoria está unida e foi em decisão unânime que os bancários rejeitaram a proposta dos bancos. São R$ 28,5 bilhões de lucro dos seis maiores bancos somente neste semestre, e mesmo assim, os bancos insistem em não valorizar seus trabalhadores que adoecem e sofrem diariamente. Chega de desrespeito, por isso, nossa greve vem forte para lutar por melhorias para toda população. Nossa defesa é pelas vidas das pessoas enquanto que os bancos só pensam nos lucros", afirma o sindicalista. A greve também já foi decidida por bancários de Piauí, Criciúma, Campina Grande, Juiz de Fora e Ceará.
Fonte:Assessoria