Julia Briante, assessoria de comunicação Inpasa
Nova Mutum/MT
Pelo quarto ano consecutivo, a Inpasa conquistou o Selo Ouro do Programa Brasileiro GHG Protocol, reconhecimento concedido às empresas que adotam as melhores práticas de gestão e transparência na contabilização de emissões. A certificação reflete os avanços da companhia na redução da intensidade de carbono: entre 2021 e 2024, a empresa diminuiu em 43% a emissão de gases de efeito estufa por tonelada de milho processado.
O inventário de emissões de 2024 foi auditado por consultoria externa independente com base na metodologia internacional do GHG Protocol e contempla as unidades industriais de Sinop (MT), Nova Mutum (MT), Dourados (MS) e o escritório corporativo da companhia em São Paulo. Os dados apontam que 99% das emissões nos escopos 1 (operações diretas) e 2 (energia elétrica) são de origem biogênica, ou seja, provenientes de fontes renováveis integradas ao ciclo natural do carbono.
A queda na intensidade de emissões é o reflexo de investimentos em eficiência energética, geração de vapor e biogás e energia solar, além de maior verticalização dos processos. Em Dourados, a instalação de um reator anaeróbio na estação de tratamento de efluentes viabilizou a conversão de resíduos líquidos em energia renovável e reduziu a liberação de metano.
“A eficiência na conversão da matéria-prima em energia e coprodutos, combinada ao reaproveitamento de resíduos, mostra que é possível crescer reduzindo impacto. As nossas biorrefinarias já nascem projetadas com esse objetivo, mas seguimos inovando para que os processos sejam mais eficientes”, afirmou o executivo da Inpasa, Eder Lopes.
A companhia também aumentou sua participação no mercado regulado de carbono. Com a certificação da planta de Dourados e a recertificação da unidade de Sinop no RenovaBio, a empresa registrou 1,3 milhão de Créditos de Descarbonização (CBIOs) emitidos em 2024 crescimento de 220% em relação ao ano anterior. Cada CBIO equivale a uma tonelada de CO2 que deixou de ser emitida na atmosfera.
Em 2025, a Inpasa também obteve a certificação ISO 14001, norma internacional que atesta a qualidade do sistema de gestão ambiental. O reconhecimento consolida os controles internos e fortalece o posicionamento da empresa em cadeias globais que exigem cada vez mais rastreabilidade e responsabilidade com o meio ambiente.
“Para receber o selo ouro, além da transparência, é necessário ter o inventário verificado por 3ª parte. Buscamos alinhamento com padrões internacionais e integração com fornecedores em toda a cadeia. A governança ambiental precisa ser tratada como parte do negócio”, ponderou o diretor de sustentabilidade da empresa, Christopher Davies Junior.
A Inpasa segue ampliando os controles sobre as emissões indiretas (escopo 3), com foco em qualificação de produtores rurais, gestão logística e melhorias na rastreabilidade. O inventário completo de 2024 foi enviado para o Registro Público do Programa Brasileiro GHG Protocol, coordenado pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
Sobre a Inpasa
Fundada em 2006, a empresa é a maior biorrefinaria de etanol de grãos da América Latina, com presença estratégica em cinco plantas industriais no Brasil (Sinop - MT, Nova Mutum - MT, Dourados - MS, Sidrolândia - MS e Balsas- MA) e duas unidades no Paraguai (Nova Esperança, São Pedro) além de uma nova unidade em construção na Bahia (Luís Eduardo Magalhães), prevista para iniciar operações em 2026 com capacidade para processar 1 milhão de toneladas de grãos por ano.
A companhia adota modelo de aproveitamento integral, convertendo o milho não apenas em etanol, mas também em DDGS (Dried Distillers Grains with Solubles), óleo vegetal e biogás. A empresa investe em energia solar, sistemas de reaproveitamento de água e gestão de resíduos, além de projetos com fornecedores para ampliar rastreabilidade e eficiência ambiental da cadeia agrícola.
A biorrefinaria também se destaca no mercado de carbono, com certificações como o RenovaBio, o Selo Ouro do GHG Protocol e, mais recentemente, a ISCC CORSIA, com matérias-primas que podem ser utilizadas na produção de SAF (combustível de aviação sustentável), criando produtos para rotas globais de baixo carbono. Sua matriz energética é autossuficiente, com geração de energia renovável proveniente de biomassa e solar, e excedentes injetados no Sistema Interligado Nacional. Em 2024, foram disponibilizados cerca de 1.420 GWh.
Para saber mais sobre a Inpasa, acesse o Relatório de Sustentabilidade.
