Mauro Fonseca/Da Redação
Japão
O Japão acaba de estabelecer um novo marco na história da internet: pesquisadores do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação e Comunicações (NICT, na sigla em inglês) alcançaram a impressionante velocidade de 1,02 petabits por segundo em testes de transmissão de dados, o equivalente a mais de 1 milhão de gigabits por segundo. Para efeito de comparação, com essa velocidade seria possível baixar todo o catálogo da Netflix em apenas um segundo.
O feito representa não apenas uma conquista técnica, mas também um vislumbre do futuro das redes de comunicação. A tecnologia utilizada envolveu fibras ópticas de última geração e sistemas complexos de multiplexação de canais, permitindo o envio massivo de dados sem perda de qualidade.
Desigualdade digital
Enquanto isso, no Brasil, a média de velocidade da internet gira em torno de 165 megabits por segundo (Mbps), segundo dados recentes de provedores locais. Apesar dos avanços no setor de telecomunicações nos últimos anos, o país ainda enfrenta grandes desafios em infraestrutura digital, especialmente em áreas rurais e periferias urbanas.
A comparação com o novo recorde japonês evidencia o abismo tecnológico que ainda separa o Brasil das nações mais desenvolvidas em conectividade. A velocidade atingida no Japão é cerca de 6 milhões de vezes maior do que a média brasileira.
Inovação como prioridade
Especialistas destacam que avanços como o obtido pelo Japão não se limitam ao campo acadêmico. Eles têm o potencial de transformar profundamente setores como saúde, educação, transporte e indústria, além de abrir caminho para tecnologias emergentes como o metaverso, a inteligência artificial e a Internet das Coisas (IoT).
“Essa conquista reforça a necessidade de investimentos contínuos em inovação, pesquisa e infraestrutura digital. O Brasil precisa enxergar a conectividade como uma prioridade estratégica para o desenvolvimento social e econômico”, afirma a engenheira de telecomunicações Mariana Rocha.
Enquanto a tecnologia do futuro já começa a se materializar em laboratórios asiáticos, o Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer para garantir internet rápida e acessível para todos. O desafio está posto: ou investimos agora ou corremos o risco de ficar para trás na nova era digital.
