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GERAL Segunda-feira, 17 de Junho de 2013, 14:32 - A | A

17 de Junho de 2013, 14h:32 - A | A

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Maior penitenciária de MT tem 56 detentos com tuberculose



Na Penitenciária Central do Estado, maior presídio de Mato Grosso, há 56 reeducandos com diagnóstico de tuberculose e recebem tratamento dentro da unidade, de acordo com dados da Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh). No local, onde são abrigados um total de 2.050 detentos, um preso morreu neste domingo (16) supostamente vítima da doença. Porém, fazia tratamento contra pneumonia.

O superintendente de Gestão Penitenciária da Sejudh, Gilberto Carvalho, afirmou que o tratamento contra a doença é simples e feito no interior da unidade mesmo. "O tratamento é feito na unidade a partir de uma sequência de antibióticos e é gratuito. Não faltam medicamentos porque já vêm direto do governo federal", explicou. Ele disse que, normalmente, tem entre 40 e 60 reeducandos infectados com tuberculose na penitenciária.

A grande rotatividade de presos na unidade prisional dificulta o combate à doença, conforme Gilberto Carvalho. "Alguns já entram infectados, enquanto outros param o tratamento após sair da prisão porque tem que ir atrás do remédio e depois voltam para a unidade com grau mais avançado da doença", disse, ao exemplificar que quando se para o tratamento com antibióticos a bactéria fica mais resistente, se tornando mais difícil combatê-la. "Esse ex-preso acaba retornando para o sistema e volta com uma tuberculose muito mais resistente ao tratamento", reafirmou.

Porém, em relação ao jovem Alan Silva Arruda, que morreu neste final de semana vítima da doença, o superintendente alega que a direção do presídio não sabia, pois os médicos que atenderam o paciente haviam diagnosticado pneumonia. "Nesse caso específico, a unidade não tinha conhecimento da tuberculose". O laudo do Instituto Médico Legal (IML) que irá apontar as reais causas da morte do reeducando deve ser emitido nessa semana.

Familiares de Alan, que cumpria pena há três anos na penitenciária, alegaram que ele teve tratamento negligenciado dentro da unidade prisional. A mulher dele, que preferiu não ter o nome divulgado, por exemplo, disse que o marido piorou na semana passada e que, na quinta-feira (13), não conseguia nem falar, nem se mexer.

Em uma fotografia obtida pela reportagem, ele aparece fazendo nebulização dentro da cela para melhorar a respiração. Colegas de cela do reeducando acionaram a polícia avisando que o rapaz estava morto em cima de uma cama. Nisso, ele foi encaminhado para a enfermaria da penitenciária, no sábado (15). No entanto, não resistiu e morreu.

Pollyana AraújoDo G1 MT



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