Midia News
Novo São Joaquim/MT
O ex-servidor da Prefeitura de Novo São Joaquim, W.G.S., que foi filmado se masturbando em uma sala da administração municipal, afirmou que o vídeo que embasou sua demissão foi feito de forma clandestina. Ele classificou a demissão como "abuso de poder" e "perseguição política".
Em nota enviada à impresa, ele disse que o vídeo não se configuraria como flagrante, já que teria sido gravado sem o seu consentimento.
“O vídeo mencionado não configura flagrante, uma vez que teria sido gravado de forma clandestina, dentro de dependências internas da Prefeitura, sem data identificável, sem testemunhas e sem qualquer autorização”, disse.
Ainda na nota, o servidor afirmou que um inquérito policial foi instaurado para apurar a autoria da gravação que, segundo ele, foi divulgada por meio de um aparelho telefônico vinculado ao número de um CPF pertencente a uma mulher já falecida.
“A gravação e a posterior divulgação ocorreram via WhatsApp, utilizando a linha telefônica, cadastrada em 14 de março de 2025 no CPF de uma mulher falecida há mais de 13 anos - avó de um vereador aliado do prefeito. O caso levou à abertura do Inquérito Policial nº 68.4.2025.22412 (I.P. 44/2025), por requisição do Ministério Público Estadual, que apura a suposta divulgação ilegal de conteúdo íntimo sem consentimento”, afirmou.
“A insistência da administração em sustentar o Processo Administrativo Disciplinar (PAD) com base em elementos sabidamente ilícitos e inidôneos configurou desvio de finalidade, abuso de poder e perseguição institucional. Tais circunstâncias, afirma, são típicas do fenômeno jurídico conhecido como Lawfare administrativo, que segundo ele, foi o verdadeiro instrumento de sua demissão”, diz trecho da nota.
O caso
W.G.S. foi demitido na última quarta-feira (02), após a conclusão de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) que apurava o vazamento de um vídeo nas redes sociais, no qual o servidor aparece se masturbando em uma sala da Prefeitura Municipal de Novo São Joaquim.
A demissão foi assinada pelo prefeito Leonardo Zampa (PL) e divulgada por meio do Jornal Oficial da Associação Mato-grossense dos Municípios. Na decisão, Zampa afirmou que a gravação não violou a intimidade do servidor, já que o ato foi cometido em um espaço público.
“Adoto como razão de decidir as conclusões da comissão, em razão de estarem bem fundamentadas, afastando-se e rejeitando todas as teses preliminares, em especial porque entendo que as provas são lícitas, não violaram a intimidade do servidor e nestes casos, deve prevalecer o interesse público sobre o interesse privado, principalmente porque os fatos se deram dentro da sede da prefeitura municipal”.
Moisés 10/07/2025
O servidor/trabalhador, não pode ser filmado escondido, isso pode ter sido uma armação contra ele,
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