Da Redação
BRASIL
O ativista social Thiago Ávila está de volta ao Brasil após ter sido detido enquanto participava de uma missão humanitária em solidariedade ao povo palestino. A ação, que visava denunciar as violações de direitos humanos cometidas em Gaza e oferecer apoio às vítimas do conflito, terminou com a prisão de diversos ativistas internacionais, incluindo Ávila.
Reconhecido por sua atuação em causas socioambientais e de direitos humanos, Ávila foi alvo de repressão durante sua passagem por territórios palestinos, onde o cenário é descrito por organizações internacionais como um verdadeiro colapso humanitário. Ele retorna ao Brasil não apenas como sobrevivente da repressão, mas também como testemunha das violações cometidas contra aqueles que ousam defender a paz em meio ao conflito.
“Estive ao lado de famílias inteiras que perderam tudo, inclusive o direito à esperança. E mesmo diante dessa dor, o que mais choca é ver como a solidariedade é tratada como ameaça”, afirmou o ativista em sua chegada ao país, visivelmente emocionado.
Segundo ele, as condições enfrentadas por civis palestinos são alarmantes e apontam para práticas sistemáticas de violência que configuram o que muitos especialistas já classificam como genocídio. Durante a missão, Thiago participou da entrega de suprimentos médicos e alimentos, além de registrar depoimentos de vítimas e realizar articulações com movimentos sociais da região.
A prisão de Ávila e de outros ativistas foi amplamente criticada por entidades de direitos humanos, que denunciam o silenciamento de vozes internacionais solidárias à causa palestina. "Quando ajudar se torna crime, é sinal de que a barbárie está sendo normalizada", declarou uma representante da Anistia Internacional.
Agora de volta ao Brasil, Thiago Ávila pretende seguir mobilizando a sociedade civil em defesa dos direitos humanos no Oriente Médio. Nos próximos dias, ele deve participar de audiências públicas e encontros com parlamentares, além de lançar uma série de relatos sobre sua experiência na região.
"Minha prisão foi uma tentativa de calar a solidariedade, mas só reforçou meu compromisso com a justiça", concluiu.