Estadão
TEL-AVIV - As Forças Armadas de Israel retomaram nesta sexta-feira, 13, os bombardeios contra alvos militares dentro do Irã um dia depois de lançar ondas de ataques que devastaram a cadeia de comando militar iraniana e atingiram importantes instalações nucleares.
Segundo o porta-voz militar israelense Effie Defrin disse em uma coletiva que Israel continua seus ataques no Irã e já atingiu 200 alvos até o momento, incluindo duas instalações nucleares.
Um dos alvos é a cidade de Isfahan, um dos principais centros do programa nuclear iraniano, que fica a cerca de 350 quilômetros a sudeste de Teerã, emprega milhares de cientistas nucleares. Também abriga três reatores de pesquisa e laboratórios chineses associados ao programa atômico do país.
Isfahan é um centro de pesquisa multifuncional que emprega cerca de 3.000 cientistas, de acordo com a Iniciativa de Ameaça Nuclear, sediada em Washington.
O bombardeio a Isfahan ocorre após um ataque confirmado à instalação de enriquecimento nuclear de Natanz durante a primeira onda de operações israelenses em andamento.
A coletiva de imprensa na qual Defrin dava mais informações sobre os ataques foi interrompida sem maiores explicações. Minutos depois, Israel reportou que o Irã havia lançado mísseis.
O Comando da Frente Interna do Exército israelense instruiu as pessoas em todo o país a se refugiarem em abrigos antes do esperado ataque de mísseis iranianos.
O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, deu suas primeiras declarações nas quais afirmou que a resposta do Irã será dura e o destino de Israel, doloroso e amargo, após os bombardeios contra alvos militares e nucleares persas.
“À grande nação iraniana, o regime sionista cometeu com sua mão maligna e sangrenta um crime em nosso querido país e revelou ainda mais sua natureza perversa ao atacar áreas residenciais. Eles devem esperar uma resposta dura”, disse o aiatolá.
Os novos ataques israelenses ocorreram quase simultaneamente ao pronunciamento do aiatolá.
Com o agravamento das tensões, o Pentágono comunicou que está posicionando navios de guerra e outros recursos militares no Oriente Médio para ajudar a proteger Israel e as tropas americanas de uma possível retaliação iraniana, disseram autoridades americanas./ NYT, W.Post e AP