CNN
Condenado a 98 anos de prisão, Paulo Cupertino foi sentenciado pelo Tribunal do Juri, no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo, no fim da noite da última sexta-feira (30). A decisão ocorre 6 anos após o crime.
Cupertino prestou depoimento por mais de duas horas diante dos 7 jurados que decidiram sobre a culpa do empresário nas mortes do ator Rafael Miguel e os pais do jovem.
O crime ocorreu em 9 de julho de 2019, quando Rafael, Miriam e João foram assassinados em frente a casa e comércio de Paulo Cupertino. As mortes foram atribuídas ao empresário por não aceitar o relacionamento de Rafael com a filha dele.
"Eu não matei mais ninguém"
Durante o depoimento, no que foi considerado um "ato falho", Paulo Cupertino afirmou que "não matou mais ninguém" durante os quase três anos em que esteve foragido.
"Praticamente 3 anos eu fiquei andarilhando, comendo cocô de cavalo, por medo, não matei mais ninguém", diz Cupertino.
Esta afirmação se alinha com sua defesa central apresentada ao longo de todo o depoimento, onde ele nega repetidamente ser o autor dos homicídios de Rafael, Miriam, e João.
"Não tive no meio de crime organizado, não fui pro lado da facção que era do lado do Paraguai, como falaram, entendeu?", também negando qualquer envolvimento com o crime organizado ou com facções criminosas, especialmente as que operam perto da fronteira com o Paraguai.
Ele contrasta essa negação com a narrativa que teria sido criada sobre sua fuga, que ele descreve como uma "cambada de incompetente" ao analisar o trabalho dos investigadores.
Cupertino afirma que foi preso a 2 km do local dos fatos sem reagir, e que comeu esfiha e tomando água mineral, com os agentes que efetuaram sua prisão.
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