NOVA MUTUM, 02 de Dezembro de 2024
  
DÓLAR: R$ 5,97
NOVA MUTUM, 02 de Dezembro de 2024
  
DÓLAR: R$ 5,97
Logomarca

POLÍCIA Sábado, 23 de Novembro de 2024, 11:15 - A | A

23 de Novembro de 2024, 11h:15 - A | A

POLÍCIA / CASO MARINA

Sumiço de garota em Diamantino/MT está ligado à "herança"; irmã e cunhado são presos; veja vídeo

Ela iria receber uma indenização pela morte do pai

G1 MT
Diamantino/MT



A irmã de Marina Sofia Menezes Ventura, de 13 anos, foi apreendida e o cunhado da vítima foi preso por suspeita de envolvimento no desaparecimento da adolescente, que foi vista pela última vez em Diamantino, a 209 km de Cuiabá, no dia 20 outubro. Segundo o delegado responsável pelo caso, Marcos Bruzzi, a suspeita é que Marina tenha sido morta, mas a polícia ainda não encontrou vestígios sobre a vítima.

O delegado informou que o cunhado da vítima, João Victor, de 20 anos, e a irmã dela, de 17 anos, fugiram da cidade após o desaparecimento de Marina. Eles foram localizados em Lucas do Rio Verde, no norte do estado.

De acordo com a Polícia Civil, os suspeitos planejaram o desaparecimento por causa do valor que a Marina receberia de uma indenização em virtude da morte do pai dela. Com a morte da adolescente, esse valor seria repartido para os demais familiares.

João Victor também é apontado pela polícia como traficante de drogas e membro de uma facção criminosa. Segundo a polícia, a suspeita é que ele também tenha abusado sexualmente da cunhada.

"A própria Marina contou a amigas, antes do desaparecimento, que foi abusada. Ele tinha medo de que ela falasse isso para outras pessoas", disse o delegado.

Outra situação que levou a polícia à prisão de João Vitor é que ele foi visto, através das câmeras de segurança, saindo da casa dele por volta das 11h30 do dia 20 de outubro, vestindo uma camisa vermelha. Segundo a polícia, ele retornou às 13h30, com uma camisa preta. O desaparecimento de Marina ocorreu por volta de 12h30, mesmo momento em que a irmã dela disse para uma amiga que a vítima já não estava mais em casa.

"Foi exatamente nesse período que o suspeito João Vitor não estava em sua residência e trocou essa camisa. No interrogatório, ele não soube explicar essa troca de roupa", ressaltou. A polícia pediu a prisão temporária de João Victor por de 30 dias, prorrogada por mais 30, para dar continuidade às investigações e descobrir os demais envolvidos no caso.

Outra prisão

Nessa sexta-feira (22), outro suspeito de envolvimento no desaparecimento de Marina Sofia foi preso em Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá. Segundo o delegado, uma testemunha reconheceu o suspeito como um dos homens que foram vistos com o possível corpo da adolescente. No entanto, não há confirmação se Marina está morta.

Em outubro, a polícia recebeu uma denúncia dizendo que a adolescente tinha sido vista num carro sendo levada para uma região de mata. O Corpo de Bombeiros esteve no local com um cão farejador, mas nada foi encontrado.

“Um dos três suspeitos que estavam no carro foi reconhecido pela testemunha que viu a adolescente sendo tirada do porta malas e pedimos pela prisão dele”, explicou o delegado.

O delegado disse que o suspeito contou que um dia antes do desaparecimento de Marina foi abordado por João Vitor e por um outro suspeito, que ofereceram R$ 25 mil reais para participar do desaparecimento da adolescente.

"Ele não contou de que forma seria o desaparecimento e onde jogariam o corpo, mas falou que estava planejando esse desaparecimento por causa do valor que a Marina teria para receber de indenização do pai", ressaltou Bruzzi.

Entenda o caso

Em outubro, a Polícia Civil de Mato Grosso iniciou as buscas por uma adolescente de 13 anos que está desaparecida há nove dias, em Diamantino, a 209 km de Cuiabá.

Segundo a Polícia Civil, a mãe da adolescente disse que todos estavam em casa, quando foi até uma conveniência próxima. A jovem ficou com a irmã mais nova e o telefone da avó estava com elas.

À polícia, a mãe disse que ligou para que a mais nova fosse até ela buscar um frango e quando voltou, minutos depois, a adolescente não estava mais em casa.

As investigações começaram por câmeras de segurança no bairro. Segundo o delegado responsável pelo caso, Marcos Bruzzi, a polícia recebeu uma denúncia dizendo que a adolescente tinha sido vista num carro sendo levada para uma região de mata, mas nada foi encontrado.

“A polícia já ouviu mais de 20 depoimentos entre familiares e amigas próximas, mas ainda é cedo para apontar culpados.Tivemos uma denúncia anônima e a testemunha se propôs a prestar depoimento em que diz que no domingo à noite, um veículo escuro deu ré em uma área de mata e retiraram uma menina com as mãos amarradas parecida com ela do porta-malas”, explica.



Comente esta notícia