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AGRONEGÓCIOS Quarta-feira, 30 de Abril de 2025, 14:55 - A | A

30 de Abril de 2025, 14h:55 - A | A

AGRONEGÓCIOS / AGRONEGÓCIOS

Redução de chuvas e previsão de geada: como será o clima nas lavouras em maio?

Tendência é que seja um mês positivo no campo, porém previsão de fortes geadas preocupa.

Globo Rural
Brasil



Maio é um mês importante, com o encerramento da colheita da soja de verão e o andamento do plantio das safras de meio de ano. Como fica o tempo nas áreas rurais do Brasil? De modo geral, a meteorologia prevê redução de chuvas em diversas regiões do país, com alertas de geada em algumas localidades. Mas há pontos em que deve chover até acima das médias históricas. A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indica chuvas dentro ou abaixo da média em grande parte da região Norte, exceto em áreas pontuais do Amazonas, centro-norte do Pará, além do Amapá e sul de Roraima.

Já no Nordeste, os volumes devem se manter acima da média no centro-sul do Maranhão, oeste do Piauí, e principalmente na costa do Ceará até a Bahia, podendo superar os 150 milímetros. Já em áreas do norte do Maranhão e do Piauí, bem como no sul do Ceará, os volumes de chuva ficam abaixo da média histórica.

No Centro-Oeste e Sudeste, são previstas chuvas próximas e abaixo da média, com volumes inferiores a 150 milímetros. Em áreas do leste do Mato Grosso do Sul e centro-sul de São Paulo, a previsão indica chuvas acima da média, com valores que podem superar os 100 milímetros.

No Sul, a previsão é de chover acima da média climatológica. No oeste do Paraná, são previstos acumulados superiores a 100 milímetros.

Como fica o campo?

A previsão de chuvas regulares em áreas agrícolas da região Norte e centro-norte do Nordeste, deve beneficiar os cultivos de segunda safra. Segundo o Inmet, normalmente na região do Matopiba (que abrange os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), há uma tendência de redução das chuvas a partir de maio, que pode causar restrição hídrica em parte das lavouras de milho segunda safra, principalmente durante a fase de floração, período em que a cultura necessita de mais água.

No Centro-Oeste e Sudeste, mesmo com menos chuva que em abril, os volumes tendem a ser suficientes para o manejo agrícola e o desenvolvimento das culturas de segunda safra, além da cana-de-açúcar e do café, informou o boletim do Inmet.

Atenção com geadas

Marco Antônio dos Santos, agrometeorologista da Rural Clima, alerta que uma forte onda de frio pode chegar ao Brasil no meio do mês, e causar geadas. Segundo o especialista, o frio, vindo da Argentina, vai predominar no Sul e Sudeste e poder chegar até ao Mato Grosso. “Essas geadas podem causar problemas no milho no sul do Paraná e região, vamos ficar de olho”.

Em grande parte do Sul, a chuva eleva os níveis de umidade no solo, o que deve favorecer o desenvolvimento das lavouras de segunda safra. Porém, na porção oeste do Paraná a expectativa de chover menos que a média pode prejudicar o desenvolvimento do feijão e milho segunda safra.

Ao avaliar a previsão do tempo e as principais culturas, a expectativa é positiva, avalia o meteorologista Celso Luis de Oliveira Filho. De acordo com ele, a redução dos volumes de chuva irá favorecer o plantio, a colheita ou o trabalho de manutenção em muitas lavouras.

“O clima precisa estar dentro da sua, digamos, normalidade. E o que seria isso? O normal para o mês é secar. O algodão, por exemplo, precisa de um tempo mais seco em maio. E a diminuição da chuva na maior parte do Brasil é benéfica para a agricultura dessa cultura e de outras, de uma forma geral”.

Willians Bini, também meteorologista, destaca como quatro áreas produtoras do país serão influenciadas pelo clima. Confira abaixo:

Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia): a redução da chuva pode atrasar o plantio da safrinha, mas o tempo seco agiliza a colheita de verão sem interrupções;

Centro-Oeste: o clima seco facilita a colheita de soja e milho, mas pode prejudicar a safrinha sem irrigação adicional;

Sul: a condição favorece a operação de colheita de verão nas áreas agrícolas, mas exige irrigação para as lavouras de trigo e milho safrinha em locais sem a presença de chuva;

Sudeste: nas plantações de café, o clima mais seco e ameno beneficia a colheita e a secagem dos grãos, com baixo risco de geada.



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