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GERAL Quarta-feira, 25 de Junho de 2025, 08:42 - A | A

25 de Junho de 2025, 08h:42 - A | A

GERAL / DESFECHO TRÁGICO

Corpo de brasileira morta em vulcão na Indonésia é resgatado

TERRA



O corpo da brasileira Juliana Marins, que morreu após sofrer um acidente no Monte Rinjani, na Indonésia, e permanecer à espera de resgate por quatro dias, foi resgatado na manhã desta quarta-feira, 25.

Segundo a Agência Nacional de Busca e Resgate do país, os restos mortais da jovem de 26 anos foram içados de um penhasco após cerca de 7h de trabalho e levados de maca para uma base. Parte do trajeto foi gravado por um alpinista que ajudou na iniciativa.

As equipes de salvamento trabalharam com um sistema de cordas e içamento, tendo em vista que a recuperação do corpo por meio aéreo foi descartada devido às condições meteorológicas do local.

Juliana foi encontrada morta na última terça-feira, 24, depois de cair de uma trilha do segundo maior vulcão na Indonésia. Ao todo, três grupos fizeram parte da operação, incluindo dois do chamado esquadrão Rinjani.

Os trabalhos para recuperar o corpo da brasileira foram iniciados a partir das 12h20 (horário local) porque mais cedo a visibilidade do local estava limitada por causa da neblina e o clima desfavorável. Agora, ela será levada ao posto de Sembalun para depois embarcar em uma aeronave até o hospital Bayangkara.

Juliana tinha 26 anos e era de Niterói, no Rio de Janeiro. Ela decidiu viajar sozinha pela Ásia, passando por Filipinas, Vietnã e Tailândia até chegar à Indonésia, no fim de fevereiro.

No país, ela se juntou a um grupo de cinco turistas, incluindo a italiana Federica Matricardi, e um guia para escalar o Monte Rinjani, com mais de 3 mil metros de altitude.

De acordo com as autoridades locais, Juliana despencou cerca de 300 metros abaixo da trilha, perto do ponto mais alto da montanha. Horas depois, ela foi localizada com a ajuda de um drone, presa em uma fresta de uma pedra, com dificuldade para se movimentar.

A Agência Nacional de Busca e Resgate local (Basarna) chegou a relatar que a demora em iniciar a operação de salvamento ocorreu porque as autoridades só foram informadas sobre o caso após um dos integrantes do grupo descer até um posto, em uma caminhada que levou horas.

O caso mobilizou diversos socorristas ao longo de quatro dias, que foram enfrentaram dificuldades para fazer o salvamento a tempo.

Reprodução/Instagram

Juliana

 

Relembre o caso

Na última sexta-feira, 20, por volta das 19h no horário de Brasília, Juliana Marins caiu em um abismo de cerca de 300 metros, durante uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia. Ela estava acompanhada de um grupo com um guia, mas ficou para trás por estar cansada. Horas depois, turistas a localizaram com ajuda de um drone. Ela estava presa em uma fenda, sem agasalho, e com dificuldade para se locomover.

Por volta das 22h, a família dela foi avisada por turistas espanhóis, que encontraram o perfil de Juliana nas redes sociais e conseguiram entrar em contato com uma amiga dela.

No sábado, 21, por volta das 11h40, foi informado que socorristas chegaram até a região e forneceram comida e água para Juliana, mas não conseguiram tirá-la do local porque o terreno é de difícil acesso, e o mau tempo piorou a situação. Um vídeo foi enviado aos parentes. Dias depois, a família descobriu que o vídeo era forjado, e que Juliana nunca recebeu alimentação ou agasalhos.

Ainda no sábado, o Parque Nacional do Monte Rinjani informou, em nota oficial, que Juliana havia caído e estava a cerca de 150 a 200 metros de distância. A última vez que ela foi avistada por um drone foi às 17h10, ainda fazendo contato visual.

No domingo, 22, durante a madrugada, a família soube que as informações sobre Juliana ter sido localizada e recebido mantimentos era falsa. Às 3h30, a família divulgou uma nota com preocupação, dizendo que as informações das autoridades eram falsas.

A embaixada afirmou que as buscas foram retomadas, mas a família disse que o tempo ruim impediu o avanço do resgate. No fim da manhã de domingo, foi informado que as buscas foram suspensas devido à neblina.

Na madrugada de segunda-feira, 23, as buscas recomeçaram, com apoio de drone térmico e a presença de diplomatas brasileiros, além de voluntários, e helicópteros à disposição.

Juliana foi localizada novamente, imóvel, a cerca de 500 metros de profundidade no vulcão. Por volta das 11h36, dois alpinistas experientes se juntaram ao resgate com novos equipamentos. O parque confirmou que Juliana estava no penhasco, imóvel.

Na noite de segunda, equipes desceram 400 metros, mas perceberam que Juliana estava a mais de 650 metros de distância, somando mais de 1 km do topo.

Na terça-feira, 24, a família foi informada que a região do acidente foi fechada para circulação, devido à operação, para evitar a curiosidade de turistas. A medida só foi tomada quatro dias depois do acidente.

O pai da jovem, Manoel Marins, embarcou para a Indonésia, mas teve dificuldades de viajar devido às restrições aéreas causadas pela guerra entre o Irã e Israel.

Ainda na manhã de terça, a família informou oficialmente que o corpo de Juliana foi encontrado sem vida por socorristas.



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Lorhany 25/06/2025

Ela era tão nova mais a culpa também foi do guia que acompanhava a trilha , meu sentimento a família

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1 comentários