NOVA MUTUM, 15 de Outubro de 2024
  
DÓLAR: R$ 5,66
NOVA MUTUM, 15 de Outubro de 2024
  
DÓLAR: R$ 5,66
Logomarca

GERAL Terça-feira, 07 de Maio de 2013, 18:18 - A | A

07 de Maio de 2013, 18h:18 - A | A

GERAL /

Operadoras precisam de “puxão de orelha” por serviço ruim, diz Anatel



O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Batista Rezende, reconheceu nesta terça-feira que a reguladora precisa aumentar a cobrança das operadoras em relação à qualidade do serviço de internet móvel prestado pelas empresas. Durante audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado, Rezende falou sobre as reclamações feitas pelos usuários e afirmou que é preciso aumentar muito os investimentos feitos pelas companhias em infraestrutura, tecnologia e atendimento ao consumidor.

“Hoje temos quase 150 milhões de pessoas com celular, mas perto de 72 milhões têm serviço de dados no celular. Imagine quando atingirmos 150 milhões de pessoas com internet. O nível da rede tem que ser muito melhor do que é hoje, os investimentos têm que ser muito mais pesados do que são hoje. Houve uma melhora na qualidade dos serviços de transmissão de voz, o número de quedas de chamadas voltou para perto da meta que a Anatel estabelece, mas a transmissão de dados precisa melhorar muito. É preciso ‘puxar a orelha’ das operadoras para continuar melhorando”, disse o presidente da agência.

Segundo Rezende, uma das soluções para o problema da queda na qualidade do serviço é o compartilhamento de infraestrutura entre as diferentes operadoras. A medida está prevista na Lei Geral das Antenas, em tramitação na Câmara. Pela lei, as companhias prestadoras de telefonia deverão ser obrigadas a dividir antenas e outros equipamentos de modo a permitir o acesso de todos os usuários aos serviços e evitar o que comumente acontece hoje, que é apenas uma ou duas operadoras funcionarem em certas cidades.

“Não podemos duplicar ou triplicar a infraestrutura existente. É melhor pegar a infraestrutura atual e compartilhar. Na tecnologia 4G, por exemplo, a Oi e a TIM já buscam o compartilhamento de torres. Nas cidades com menos de 30 mil habitantes onde uma empresa só tem a infraestrutura, será obrigada a abrir o canal para as outras usarem o serviço”, disse.

Copa e Olimpíada
Para evitar que os serviços de telefonia e internet móveis apresentem problemas durante os jogos da Copa das Confederações, Copa do Mundo e Olimpíada, que serão realizados no Brasil, Rezende afirmou que a Anatel está melhorando o processo de fiscalização da qualidade das ligações e conexões de internet. A tecnologia deve ficar como legado para o País, segundo afirmou Rezende.

O 4G, que será testado ainda este ano na Copa das Confederações, deverá cobrir todos os aeroportos e estádios da competição e atingir metade da população brasileira até dezembro de 2016.

“Temos que garantir o pleno funcionamento das redes durantes os grandes eventos e mostrar que os grandes eventos no Brasil sejam, na verdade, um momento importante para o País mostrar sua capacidade de atuação em relação à infraestrutura de Telecom”, disse o presidente da Anatel.

 



Comente esta notícia