Allan Mesquita/GD
Manobra da base aliada do prefeito Emaunel Pinheiro (MDB) impediu que fosse votado o pedido de abertura da Comissão Processante para cassar o mandato do gestor municipal, que finaliza sua gestão em 2 meses.
O requerimento seria apreciado na sessão desta terça-feira (1º), mas não houve quórum, ou seja, a quantidade de vereadores suficientes para o pedido fosse apreciado. De acordo com a autora do pedido, Maysa Leão (Republicanos), os parlamentares blindaram o gestor.
“Eu protocolei uma comissão processante respaldada com provas concretas. O prefeito Emanuel Pinheiro é o líder desse processo de deterioração e destruição da cidade de Cuiabá. Covardes. Dizer que estão em exercício do mandato na rua, fazendo campanha com dinheiro público, é um absurdo. Eu esperava esse plenário cheio”, declarou a parlamentar no Plenário.
O pedido apresentado por Maysa tem como base os resultados das Operações Oráculo e Athena, que apuram suspeitas de fraude na Saúde municipal. No documento, a vereadora argumenta que o gestor procede de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo, além de apontar a infração político administrativa e pedir a perda do mandato de Emanuel Pinheiro.
Maysa alega que na sessão desta terça, dos 14 vereadores faltosos, 7 deles enviaram justificativas, informando que estavam a “serviço do mandato”. Dentre eles, Dídimo Vovô (PSB), Kássio Coelho (Podemos), Renivaldo Nascimento (PSDB), Rogério Varanda (PSDB), Mário Nadaf (PV), Marcos Britto Jr. (PV) e Marcrean Santos (MDB).
Já os vereadores Lilo Pinheiro (PP), Rodrigo Arruda e Sá (PSDB), Wilson Quero Quero (PMB) sequer enviaram justificativas.
Adevair Cabral (Solidariedade), Chico 2000 (PL) e Lemes (PSD) estiveram no plenário, no entanto, no momento da votação não estavam presentes no parlamento.
“Se ausentar hoje é dizer que eles estão a favor do prefeito. A falta de posicionamento em vir aqui, mostra que eles não têm nem hombridade para defender suas convicções”, finalizou a vereadora Maysa Leão.