Pedro Coutinho/OlharDireto
Sinop/MT
“Que seja feita a Justiça, mas em cima da verdade”, essas foram as primeiras palavras do depoimento de Edgar Ricardo de Oliveira, autor da “Chacina de Sinop”, atentado que ceifou a vida de sete pessoas, inclusive uma menina de 12 anos alvejada pelas costas.
O crime brutal aconteceu no feriado de carnaval de 2023, em um bar de sinuca do município. A possível motivação para o atentado foram as derrotas que Edgar e seu comparsa, Ezequias Souza Ribeiro (morto em confronto com a polícia), sofreram em jogos de bilhar no estabelecimento.
Edgar está sendo julgado pelo júri nesta terça-feira (15) e começou o seu depoimento alegando que muitas informações apontadas pela acusação não batem com a verdade. Em sua defesa, ele disse que estão tentando lhe fazer parecer um bandido, o que ele nega. Disse que trabalhou desde criança e que nunca na vida colocou a mão em nada de ninguém.
“Eu quero ser julgado em cima da verdade. Então que seja feita a justiça, em cima da verdade. Tem muita coisa que não bate. Estão me encaixando como bandido. Trabalhei desde criança. Nunca na minha vida coloquei a mão em anda de ninguém”, depôs tranquilamente o algoz.
Ele continuaria o depoimento, mas a juíza Rosângela Zacarkim dos Santos, da 1ª Vara Criminal de Sinop (500 km de Cuiabá), presidente do júri, interrompeu a sessão por problemas técnicos no microfone de Edgar, que depõe de dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE). A sessão será retomada após o almoço.