Amanda Divina/OlharDireto
Sorriso/MT
A médica ginecologista e obstetra, Sabrina Iara de Mello, afirmou que são calúnias as acusações de ter envolvimento na morte de Ivan Michel Bonotto, de 35 anos, em Sorriso/MT (396 km de Cuiabá/MT), em março desse ano. O homem foi assassinado a mando do marido dela, Gabriel Tacca.
A médica é suspeita de ter cometido fraude processual ao apagar provas do celular de Ivan quando a vítima chegou no hospital após ser esfaqueado em uma falsa briga de bar.
Ainda conforme a apuração, a médica teria apagado fotos, mensagens e até um vídeo que mostrava o executor do crime, Danilo Guimarães. O celular só foi entregue à família três dias depois, já com diversos arquivos excluídos.
Por meio de nota, Sabrina afirmou que está sendo alvo de acusações e que está sendo 'condenada' no lugar de um assassino confesso.
"Acusando minha pessoa de ter caso extraconjugal, acobertar assassinato de amante e calúnia sobre minha pessoa sem nenhum cunho de verdade. Pessoas que ignoram a realidade dos fatos, escolhendo o caminho de misturar minha vida priva com um homicídio ocorrido, não havendo de forma alguma relação entre os fatos. A maioria das pessoas está escolhendo lados", diz trecho da nota.
Na Operação Inimigo Íntimo, deflagrada nesta terça-feira (15), o celular da médica foi apreendido por determinação da Justiça. A medida busca identificar outros possíveis indícios de envolvimento no crime e tentativa de obstrução das investigações.
Segundo o delegado Bruno França, responsável pelo caso, Sabrina foi a mentora da fraude processual. Além da médica, são investigados Gabriel Tacca — suposto marido de Sabrina e apontado como mandante do crime — e o comerciante Danilo Guimarães, suspeito de ter executado Ivan a facadas dentro de uma distribuidora de bebidas. Ambos foram presos temporariamente.
"Não estou presa. Fui interrogada e posteriormente liberada, sendo investigada por uma suposta fraude processual, investigação esta a qual abrirá espaço para o contráditório e ampla defesa. Antecipar julgamentos acerca das pessoas é uma fala perigosa. (...) Não há absoluto nexo entre o homicídio ocorrido e a conduta em relação à minha vida privada. Apontar o dedo para um lado dos fatos não é neutralidade. É cumplicidade", afirmou.