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AGRONEGÓCIOS Sexta-feira, 29 de Novembro de 2024, 09:09 - A | A

29 de Novembro de 2024, 09h:09 - A | A

AGRONEGÓCIOS / AGRONEGÓCIOS

Icofort, de óleo de algodão, projeta receita bilionária com planta em Nova Mutum/MT

Empresa, que vai inaugurar fábrica nesta sexta-feira (29), tem meta de faturar R$ 1,2 bilhão na safra 2024/25.

Paulo Santos/Globo Rural
Nova Mutum/MT



Com operações que se concentram principalmente no Nordeste do país, a Icofort Agroindustrial, que atua na extração e refino de óleo de algodão, decidiu expandir seus negócios para o coração agrícola do Brasil. Nesta sexta-feira (29), a empresa vai inaugurar uma fábrica em Nova Mutum/MT, em Mato Grosso, com a qual ela quer alcançar o primeiro bilhão em receita.

A planta tem uma área total de 259 mil metros quadrados. Sua capacidade anual de produção será de 216 mil toneladas de caroço de algodão, e a de refino de óleo bruto de algodão, de 108 mil toneladas.

A companhia já tem outras duas unidades, em Luiz Eduardo Magalhães e Juazeiro, na Bahia. Com a planta em Mato Grosso, o faturamento da empresa deverá chegar a R$ 1,2 bilhão na safra 2024/25, projeta Décio Barreto Junior, o principal executivo da Icofort. No ciclo 2023/24, a receita foi de R$ 800 milhões.

Foto: Divulgação

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Décio Barreto Junior, da Icofort: meta de faturar R$ 1,2 bilhão em 2024/25.

Ele conta que o planejamento para a construção da fábrica mato-grossense começou em março de 2021. “A oferta de algodão no Brasil cresceu bastante nos últimos cinco anos. Na nossa visão, era preciso estar onde a matéria-prima está. Para que a gente possa crescer e distribuir nosso produto com qualidade, tínhamos que estar com um pé em Mato Grosso”, disse o executivo ao Valor.

A estratégia de distribuição pesou para a escolha de Nova Mutum/MT para a construção da unidade. “A Rumo está com projeto para construção de uma malha ferroviária que vai passar por Rondonópolis/MT até Nova Mutum/MT, com previsão para ser inaugurada em até quatro anos. Estamos confiantes de que será possível escoar nossos produtos por esse modal”, afirmou ele.

A nova fábrica produzirá farelo de algodão, matéria-prima na indústria de ração, margarinas e línter (produto extraído da semente do algodão que entrar na fabricação de diversos produtos, como telas de LED e papel moeda, por exemplo). Mas a principal aposta está no óleo de algodão.

“O óleo de algodão tem rendimento quatro vezes maior que o de soja, não penetra no alimento e tem sido bastante demandado por empresas de ‘food service’. Queremos ampliar a presença do óleo também para o consumidor final, mas isso ainda é um trabalho de formiguinha”, disse. O objetivo para o médio prazo, segundo Barreto Junior, é ampliar o uso do óleo de algodão também na produção de biodiesel.



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