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A colheita de milho da safra de verão avança, enquanto o clima tem favorecido o desenvolvimento das lavouras da segunda temporada.
De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), esse cenário tem pressionado as cotações do cereal, à medida afasta compradores das aquisições de novos lotes – esses agentes têm expectativa de que o atual movimento de desvalorização do cereal persista.
Neste começo de maio, as desvalorizações externa e do câmbio, que reduzem a paridade de exportação, reforçaram a pressão sobre os valores domésticos. Na sexta-feira (9/5), o indicador do Cepea, baseado na região de Campinas (SP), registrou a cotação média de R$ 75,07 a saca de 60 quilos, uma queda de 6,31% desde o início do mês.
Pesquisadores do Cepea lembram que, até meados de março, as dificuldades logísticas, a retração de vendedores e as preocupações com estoques curtos vinham mantendo os valores em patamares mais elevados. Essas condições também fizeram com que partes dos compradores – com receio de desabastecimento – aceitasse adquirir o milho a preços maiores. No entanto, desde abril, o cenário mais favorável no campo tem mantido compradores afastados do spot e os preços, em queda.