NOVA MUTUM, 31 de Maio de 2025
  
DÓLAR: R$ 5,73
NOVA MUTUM, 31 de Maio de 2025
  
DÓLAR: R$ 5,73
Logomarca

AGRONEGÓCIOS Sexta-feira, 30 de Maio de 2025, 10:50 - A | A

30 de Maio de 2025, 10h:50 - A | A

AGRONEGÓCIOS / 9 MIL HECTARES E SETE FAZENDAS

Problemas de safra, pandemia e dívidas: grupo do agro entra em RJ por R$ 80 milhões em MT

Pedro Coutinho/OlharDireto
Nova Monte Verde/MT



Proprietário de sete fazendas em Nova Monte Verde/MT, o Grupo Corrêa da Costa entrou em recuperação para tentar renegociar R$ 80 milhões em dívidas com os credores. A decisão é da juíza Giovana Pasqual de Mello, proferida nesta quinta-feira (29). Os produtores Raimundo Pereira Corrêa da Costa, Lauren Corrêa da Costa e José Messias Corrêa da Costa foram o grupo familiar do agro, especializado em cultivo de soja e exploração pecuária com gado espalhados em nove mil hectares, divididos em áreas próprias e arrendadas.

São donos das fazendas Pecuária Forte, Itamarati, Santa Rosa dos Montes Verdes, Gleba J, Pecuária Forte II, III e VI, imóveis considerados essenciais pela magistrada.

Para pedir o socorro judicial, sustentaram que a crise econômico-financeira decorreu de diversos fatores, dentre os quais se destacam os impactos da pandemia da Covid-19 na comercialização do gado, perdas na safra 2020/2021 e queda acentuada no preço da soja na safra 2023/2024.

Também ressaltaram a desvalorização da arroba bovina, aumento dos custos operacionais, descapitalização provocada por parceria malsucedida com familiar, bem como a recente exigência de garantias reais pelas instituições financeiras como condição para concessão de crédito. Alegam, ainda, que tais circunstâncias resultaram no agravamento do passivo e na consequente necessidade de reestruturação das dívidas, a fim de viabilizar a preservação da atividade rural e o soerguimento do grupo.

Em ordem proferida nesta quinta-feira (29), então, a juíza considerou que os produtores cumpriram todos os requisitos para o deferimento do pedido e concedeu a recuperação judicial para viabilizar a renegociação de R$ R$ 80.923.821,94.

Para isso, deu dois meses para que o Grupo apresente um plano de recuperação aos seus credores, bem como blindou seu patrimônio de eventuais ações de cobrança.



Comente esta notícia