As negociações para a venda antecipada do grão da soja estão em ritmo lento no MT, segundo informações do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Apesar de o grão só voltar a ser plantado em setembro, o costume é de que os contratos de venda sejam fechados com antecipação, no entanto, o preço que as empresas querem pagar pela saca e o valor do frete, na hora da colheita, têm se tornado um empecilho nas negociações.
Segundo o Imea, até o momento, 20% da produção estimada em quase 25,3 milhões de toneladas, foi negociado. Número consideravelmente menor ao mesmo período de 2012, quando 46% da produção já haviam sido comercializadas.
Dois fatores podem contribuir para esse resultado. O primeiro motivo para essa queda está no preço. As empresas querem fechar negócio por R$42 a saca, o que representa R$7 a menos do que os agricultores conseguiram nos contratos do ano passado. A outra justificativa estaria ligada ao preço do frete, na hora da colheita.
Diante deste cenário, a orientação da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado do Mato Grosso é manter as contas na ponta do lápis, sem tirar o olho do que acontece no mercado.
"O mercado futuro está atrativo, porém, devido às incertezas logísticas, o preço em real acaba não compensando. Para a safra que vem, o produtor tem que entender que os custos estão diferentes, que é preciso se planejar e aproveitar as oportunidades que aparecerem", explica Marcelo Duarte, diretor-executivo da Aprosoja.
Fonte:GrupoArinos