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Israel
Israel lançou o que chamou de "ataques preventivos" contra o Irã nesta sexta-feira (13), horário local, e declarou estado de emergência no país, segundo o Ministro da Defesa do país, Israel Katz. Após o ataque preventivo do Estado de Israel contra o Irã, um ataque com mísseis e drones contra o Estado de Israel e sua população civil é esperado em um futuro próximo", disse Katz em um comunicado. A agência de notícias estatal iraniana IRNA relatou que repetidas explosões foram ouvidas em Teerã.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, confirmou que Israel atingiu alvos nucleares no Irã e disse que a operação continuará por muitos dias.
"Há alguns instantes, Israel lançou a Operação Leão Ascendente, uma operação militar direcionada para conter a ameaça iraniana à própria sobrevivência de Israel", disse Netanyahu em um discurso televisionado.
Veja o que se sabe sobre os ataques de Israel ao Irã:
Israel utilizou 200 caças em seu ataque, lançando mais de 330 "munições diversas" e atingindo mais de 100 alvos em todo o Irã, segundo as Forças de Defesa de Israel.
O ataque está em andamento, informou a IDF – com uma fonte militar afirmando à CNN anteriormente: "Este não é um ataque de um dia".
Alvos
O ataque teve como alvo os principais líderes militares do Irã, bem como cientistas nucleares de alto escalão, de acordo com uma fonte de segurança israelense.
A maior instalação de enriquecimento de urânio do Irã, a instalação nuclear de Natanz, foi atingida – mas não houve nenhum aumento nos níveis de radiação detectado, conforme a agência de vigilância nuclear da ONU.
Vários comandantes iranianos de alto escalão foram mortos nos ataques. Entre eles, estão o General Hossein Salami, o poderoso comandante-chefe da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã, o Major-General Mohammad Bagheri, o oficial militar de mais alta patente do Irã e o ex-chefe de segurança nacional do Irã, Ali Shamkhani.
Possível retaliação
Teerã respondeu disparando mais de 100 drones em direção ao território israelense, segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF). A IDF afirmou que as defesas estavam trabalhando para interceptar os drones.
Israel declarou estado de emergência, fechando escolas, proibindo aglomerações e desaconselhando trabalhos não essenciais.
Hospitais israelenses receberam ordens para interromper atividades ambulatoriais e não urgentes e se mudarem para áreas protegidas, e o exército israelense está convocando "dezenas de milhares" de soldados para se preparar para o que está por vir.
Estados Unidos
O presidente Donald Trump e altos funcionários da Casa Branca esperavam os ataques israelenses, disseram duas fontes familiarizadas com o assunto à CNN.
O Secretário de Estado Marco Rubio afirmou que não houve envolvimento ou assistência dos EUA nos ataques.
Antes do ataque, o presidente Donald Trump afirmou que não queria que Israel atacasse o Irã enquanto as negociações sobre um acordo nuclear prosseguiam.
Os EUA e o Irã estavam em negociações nucleares, com a sexta rodada de negociações marcada para domingo em Omã. Não está claro se elas ainda ocorrerão.
O país emitiu um alerta de segurança orientando todos os funcionários do governo em Israel e suas famílias a se abrigarem em suas casas, e aconselharam os cidadãos americanos no país a tomarem precauções e a conhecerem a localização do abrigo mais próximo em caso de potenciais ataques.
Espaços aéreos fechados
Israel, Irã e Jordânia fecharam seus espaços aéreos. O Aeroporto Ben Gurion, o principal aeroporto de Tel Aviv, está fechado para todos os pousos e decolagens.
Países ao redor do mundo, incluindo Omã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Grã-Bretanha, Austrália e Nova Zelândia, expressaram alarme – com alguns criticando os ataques israelenses como uma escalada. A maioria está instando os dois países a reduzir a tensão e manter a estabilidade na região.
