Mauro Fonseca/Power Mix
Cuiabá
Os deputados Matogrossenses e o setor produtivo foram pegos de surpresa nesta quarta-feira (19), quando o deputado estadual Dilmar Dal Bosco (UNIÃO BRASIL) trouxe à tribuna da Assembleia Legislativa um problema grave que pode em pouco tempo prejudicar de forma irreversível o setor produtivo de Mato Grosso, Pará, Tocantins, Goiás e Maranhão.
Em sua fala, Dilmar repudiou um projeto de lei de autoria do deputado federal Ismael Alexandrino (PSD) de Goiás que cria o "corredor ecológico para proteção da onça pintada" às margens dos rios Araguaia e Tocantins. Segundo a proposta do parlamentar goiano, uma área de 20 quilômetros das duas margens desses rios impedindo qualquer atividade econômica e produtiva nesses locais.
Dilmar teceu duras críticas a falta de discussão do tema com os parlamentos dos estados atingidos e a falta de um estudo de viabilidade. Segundo Dilmar, com essa proposta, alguns municípios simplesmente deixariam de existir dado a impossibilidade de qualquer atividade econômica acontecer no tal "corredor ecológico"
"Nós já estamos cansados da criação de tantas reservas e parques ecológicos que vão cada vez mais espremendo o produtor rural tornando a atividade inviável. Essa lei não olha para o produtor, para a agricultura familiar e o código florestal brasileiro que é um dos mais rígidos do mundo já contempla o que essa lei quer criar." disse Dilmar.
Indo mais a frente, Dilmar citou o exemplo do Cadastro Ambiental Rural (CAR) que nasceu com o intuito de ser apenas um cadastro e hoje é pior que a legislação federal tornando a atividade produtiva muito restrita.
Nossa reportagem foi a fundo conhecer a proposta na íntegra e ela parece apenas estar "disfarçada" de "corredor ecológico". Em um dos trechos, o texto da lei diz:
"Além disso, o projeto permite conservar e recuperar as Áreas de Preservação Permanente (APPs) localizadas na área do corredor, seguindo as diretrizes do Código Florestal. Com isso, é possível conciliar a conservação da biodiversidade com o crescimento socioeconômico, incentivando a participação da sociedade em atividades compatíveis com a promoção da sustentabilidade."
Dilmar disse que não irá emitir uma nota de repúdio, mas enviará um ofício através da presidência da casa de leis expondo a necessidade de discussão da lei e sua desaprovação com relação a proposta do deputado goiano.
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