Mauro Fonseca/Power Mix
Sinop-MT
Nossa redação recebeu na tarde de hoje dezenas de áudios e vídeos de correligionários do Partido Liberal, (PL) de Sinop repudiando a ida do prefeito Roberto Dorner para a sigla para disputar a reeleição para o cargo de prefeito em outubro próximo.
A história soou mal contada, visto que uma filiação dessa natureza, segundo os patriotas mais ligados ao ex-presidente do que a Valdemar, deveria ser feita num ato com a presença de Bolsonaro e aberto ao público, mas ao contrário disso, um vídeo "sem sal" de 16 segundos foi postado nas redes sociais com Costa Neto abonando a ficha de Dorner e um gesto de agradecimento igualmente "sem sal" do prefeito.
Dorner é considerado pela direita o que eles chamam de "candidato melancia", numa alusão ao fruto que é vermelho por dentro e verde só por fora.
O advogado e pré candidato a vereador bolsonarista e um dos propulsores do movimento de direita em Sinop, André Maximino foi um dos primeiros a postar em suas redes sociais seu repúdio à chegada de Dorner no PL. André agora está a procura de um novo partido alinhado com os ideais da direita. Numa reunião com o deputado Abilio, o presidente do PL-MT Ananias Martins e a então pré-candidata do grupo Mirtes Grotta ele gravou um vídeo onde fala "na lata" que está deixando o partido. Veja vídeo:
Diversos patriotas têm acusado o deputado federal José Medeiros, o presidente Ananias e o senador Wellington Fagundes de terem traído a direita Mato-grossense colocando na sigla um político que até poucos dias atrás postava em suas redes sociais participação em entrevistas até mesmo do ministro Carlos Fávaro, ojerizado pela direita por ter se aliado a Lula nas últimas eleições em troca do cargo.
Gilberto Cattani, no seu Instagram postou um vídeo falando entrelinhas sobre o caso. Veja:
Em uma rápida pesquisa verificamos que Dorner é o que a direita chama de "balseiro" uma alusão ao político que não é fiel as ideologias partidárias. Dorner já foi filiado ao PL em 2006 antes da ascensão da direita no país. Foi filiado ao Progressistas (PP) que sempre compôs a base de Lula, tornou-se prefeito de Sinop pelo REPUBLICANOS da base de Bolsonaro e agora tenta emplacar uma figura direitista vindo "goela abaixo" para o PL outra vez.
Seguimos acompanhando a história e os bastidores, mas que soa no mínimo incoerente isso soa, visto que Dorner mal se "divirciou" da esquerda e de surpresa aparece sem a anuência comprovada de Bolsonaro no outro extremo político. Como diz o ditado.
Coincidentemente encontramos no perfil do senador Flávio Bolsonaro uma frase que cai bem para o momento.
''A política pode até perdoar traição, mas não perdoa o traidor'"
PS: A mesma situação ocorreu em Diamantino, onde Carlos Kan pré candidato a prefeito pelo PL tinha a garantia de que seria o nome da sigla para concorrer à prefeitura, inclusive participou de um evento nesta semana em Nova Mutum voltado a pré candidatos e filiados do PL. Kan e todo seu bloco de apoio foram surpreendidos com a noticia de que o candidato será Chico Mendes, irmão do ministro do STF, Gilmar Mendes, um dos magistrados mais combatidos por Bolsonaro devido a sua atuação como ativista de ser contrário as pautas da direita.