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GERAL Terça-feira, 17 de Agosto de 2021, 15:47 - A | A

17 de Agosto de 2021, 15h:47 - A | A

GERAL / DONO DA VERDE TRANSPORTE

Juíza manda soltar acusado de fraudar sistema para evitar entrada de novas empresas em MT

Éder Pinheiro seria líder do esquema criminoso de fraudes no sistema de transporte intermunicipal de MT. O objetivo era impedir que o governo realizasse nova licitação e manter as linhas funcionando com contratos precários

Camilla Zeni/ReporterMT



A juíza Ana Cristina Silva Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, revogou a prisão preventiva expedida contra o empresário Éder Augusto Pinheiro, dono da Verde Transportes. Ele, porém, terá que usar tornozeleira eletrônica. A decisão é desta terça-feira (17).

De acordo com a defesa do empresário, feita pelo advogado Ricardo Monteiro, a juíza acatou a argumentação de que falta contemporaneidade nos crimes denunciados, ou seja, que se tratam de fatos antigos e, por isso, não cabe a prisão preventiva.

Ainda segundo o advogado, Éder Pinheiro deverá ser submetido a medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica e horário delimitado para recolhimento em casa. A expectativa é que o alvará de soltura seja cumprido ainda nesta terça-feira. 

Na decisão, a juíza ainda proibiu o acusado de manter contato com outros investigados, bem como com trabalhadores das entidades envolvidas no esquema, como a Ager, a Secretaria de Infraestrutura e Logística (Sinfra), e o Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Mato Grosso (Setromat). Ele também não pode sair do estado.

Denúncia

Éder estava preso desde o dia 25 de julho, quando se entregou à Polícia Civil para cumprimento de um mandado de prisão expedido em 14 de maio. Dias antes, ele havia sido alvo da terceira fase da Operação Rota Final, deflagrada pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPE). Desde então ele teve diversos pedidos de liberdade negados pela Justiça.

De acordo com as investigações, Éder seria o líder do esquema criminoso orquestrado para fraudar o sistema de transporte intermunicipal do Estado. O objetivo era impedir que o governo realizasse nova licitação para regularizar as linhas de transporte, que funcionavam havia anos de forma precária.

O caso foi inicialmente desbaratado em 2018, com investigações da Polícia Civil contra crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude à licitação de transporte. Já naquela época, Éder era apontado como o líder do esquema e foi um dos 19 denunciados pelo MPE.



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