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GERAL Segunda-feira, 28 de Julho de 2025, 08:30 - A | A

28 de Julho de 2025, 08h:30 - A | A

GERAL / GARANTIA DE SEGURANÇA

Santa Catarina cria vara especializada com juízes anônimos para enfrentar organizações criminosas



O Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) deu um passo inédito e ousado no combate ao crime organizado ao instituir uma vara especializada exclusivamente em julgar casos envolvendo organizações criminosas. A medida, que já começou a ser implementada, revela a crescente preocupação das autoridades com o avanço dessas facções e a necessidade de proteger aqueles que atuam na linha de frente do Judiciário.

Um dos diferenciais mais marcantes da nova estrutura é o anonimato garantido aos juízes responsáveis pelos julgamentos. “Nem advogado, nem Ministério Público, nem réu, nem testemunha vai saber o nome do juiz julgador. É uma garantia que nós estamos dando para o magistrado”, explicou o corregedor-geral da Justiça, desembargador Luiz Antônio Zanini Fornerolli.

A decisão tem como objetivo garantir a segurança dos magistrados diante da ameaça real representada pelas organizações criminosas. Para isso, o TJSC aposta em tecnologia de ponta: além da possibilidade de anonimato, o sistema prevê a distorção de voz e rosto dos juízes nas audiências virtuais, impedindo qualquer tipo de reconhecimento.

O projeto também traz outras inovações tecnológicas. O reconhecimento facial será utilizado para identificar com precisão testemunhas envolvidas nos processos, enquanto uma inteligência artificial será responsável por transcrever automaticamente todo o conteúdo dos vídeos das audiências, preservando a integridade e a fidelidade dos depoimentos.

A iniciativa catarinense pode servir de modelo para outros estados que enfrentam o avanço do crime organizado. Segundo o Tribunal de Justiça, se os resultados forem positivos, a experiência poderá ser replicada em outras regiões do país, como Mato Grosso, onde a atuação de facções criminosas também tem desafiado o sistema de segurança e justiça.

Com essa nova estrutura, Santa Catarina busca proteger os operadores da Justiça e fortalecer o enfrentamento ao crime organizado, mostrando que o poder público está disposto a inovar e reagir diante das ameaças às instituições e à sociedade.



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