Servidores teriam cometido fraude mediante pagamento de propina.
Seis servidores do Departamento de Trânsito de Mato Grosso e um despachante foram presos na manhã desta terça-feira (23) suspeitos de fraudes na inserção de dados no Sistema Informatizado do Detran-MT em troca de propina. Cada documento custava entre R$ 150 e R$ 200, segundo as investigações. As prisões ocorreram dentro da operação Falsários, da Polícia Civil. A apuração dos supostos crimes ocorreram em parceria com a autarquia.
As investigações começaram no final de 2015. Entre os servidores do Detran, quatro são funcionários do Ciretran de Várzea Grande, na região metropolitana, um é chefe da Ciretran de Rosário Oeste, a 133 km da capital, e o último é servidor em Nova Mutum, a 269 km de Cuiabá. O despachante foi preso no bairro Terra Nova, em Várzea Grande, município onde atuava.
As investigações constataram irregularidades em processos para emissão e regularização de documentos de veículos, como montagem de processos com falta de documentos ou com documentação errrada; falta de vistoria ou vistoria feita pelo aplicativo WhatsApp; entrega de lacres para pessoas não autorizadas; auditorias fraudulentas, entre outras.
Os mandados de prisões foram decretados pela 2ª Vara da Comarca de Várzea Grande e cumpridos pela Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos Automotores (Derrfva), com a Coordenadoria de Fiscalização de Credenciados (Cfisc) e Corregedoria do Detran-MT.
Os servidores responderão a processo administrativo disciplinar na Corregedoria do Detran-MT. No âmbito da polícia, todos vão responder por crimes de associação criminosa, inserção de dados falsos no Sistema Informatizado do Detran, falsidade ideológica, e corrupção passiva e ativa.
Os suspeitos presos em Cuiabá e em Várzea Grande estão sede da Derrfva.
Fonte:G1MT