Flávia Borges e Taís Teles, G1 MT
Nova Mutum-MT
Gustavo de Souza, pai do menino de três anos supostamente morto pela mãe Luana Marques Fernandes, de 25 anos, e pela companheira dela Fabíola Pinheiro Bracelar, 22 anos, já havia procurado a polícia e registrado um boletim de ocorrência denunciando as duas pelo crime de maus-tratos em Nova Mutum, a 269 km de Cuiabá.
A madrasta de Davi Gustavo Marques de Souza, Evelin Marques, afirmou que ela e o pai do menino procuraram também o Conselho Tutelar de Nova Mutum, onde o casal mora, mas foram informados que nada poderia ser feito e que eles teriam que ir até Nova Marilândia, a 261 km da capital, onde a mãe do menino mora.
Evelin conta que quando o menino quebrou a perna passou três meses morando com ela e com o pai.

“Ele tinha marcas de mordidas e hematomas pelo corpo. Nós perguntamos e ele disse que a companheira da mãe dele havia mordido. Eram marcas profundas. Quanto aos hematomas, ele dizia que tinha caído de bicicleta”, conta a madrasta.
Ainda segundo ela, o pai do menino chegou a acionar a Justiça para conseguir a guarda da criança, sem sucesso.
“Nunca houve sequer uma audiência. Nunca deram a chance da gente ficar com ele. Depois que ele passou os três meses com a gente, a mãe veio buscar e ele, mesmo ainda muito pequeno, dizia que não queria ir com ela, que queria morar com a gente”, conta Evelin.
O caso

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Conforme o boletim de ocorrência, testemunhas disseram à polícia que o menino era constantemente espancado pela mãe, Luana Marques Fernandes, de 25 anos, e pela companheira dela, Fabíola.
As testemunhas também disseram aos policiais que quando a criança quebrou a perna, não foi devido a uma queda durante um jogo de futebol, como alegou a mãe do menino, mas sim a companheira da mãe que teria atropelado Davi e o prensado contra o portão de casa.
Evelin confirmou que na ocasião, o menino foi levado para a casa do pai, que devido à gravidade o levou para Cuiabá, para conseguir tratamento.