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POLÍTICA Terça-feira, 17 de Junho de 2025, 09:25 - A | A

17 de Junho de 2025, 09h:25 - A | A

POLÍTICA / ABIN PARALELA

PF conclui caso e indicia Bolsonaro, Carlos e Alexandre Ramagem em esquema de espionagem

Ramagem liderou uma série de ações de espionagem ilegal durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro

ICL Notícias
Brasília/DF



A Polícia Federal entregou para a Procuradoria-Geral da República e para o Supremo Tribunal Federal o relatório final sobre a chamada “Abin Paralela” com uma lista de cerca de 30 indiciados. O documento aponta o ex-presidente Jair Bolsonaro como o líder de uma organização criminosa que, desde 2019, atuou em um esquema ilegal coordenado pelo deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), então diretor-geral da Abin, para a execução de uma série de ações de espionagem ilegal durante o governo do ex-presidente.

Além de Bolsonaro e Ramagem, a PF também indiciou o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) e uma série de policiais federais que já tinham sido afastados de suas funções públicas no ano passado devido às provas levantadas durante as investigações. Junto a eles, também foram apontados como integrantes da organização criminosa os ex-assessores de Bolsonaro que atuavam no chamado gabinete do ódio: Tércio Arnaud Thomaz e José Matheus Salles Gomes, conhecido como “Zueiro”.

O caso começou a ser apurado em 2019 após a descoberta do uso do software “First Mile” para o monitoramento ilegal de pessoas durante o governo Bolsonaro. A partir disso, as investigações mostraram que além do uso da ferramenta, a agência fez ações de monitoramento e outras operações de espionagem ilegal.

Na lista de indiciados também está o ex-secretário de Planejamento da Abin Paulo Maurício Fortunato, do governo Lula e ex-diretor de operações da Abin durante o governo Bolsonaro. Ele foi indiciado tanto pela tentativa de atrapalhar as investigações como sobre seu envolvimento com o esquema da “Abin Paralela”. A coluna apurou que ele foi apontado como o idealizador do uso da ferramenta “First Mile” e o responsável principal pelas ações com o uso do programa durante a gestão de Ramagem.

Fontes próximas à apuração do caso informaram à coluna que os investigadores descobriram novos elementos que demonstram tentativas de embaraçamento da investigação. Por isso, entre os indiciados também estão os atuais integrantes da cúpula da Agência: o diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa, o chefe de gabinete do diretor, Luiz Carlos Nóbrega Nelson, e o atual corregedor da agência, José Fernando Moraes Chuy.

Junto com eles, ainda está indiciado o delegado Alessandro Moretti. Em janeiro de 2024, após a PF efetuar o cumprimento de uma série de mandados de busca e apreensão durante as investigações do caso, o delegado, então número dois da agência foi afastado. Moretti era próximo de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, mas tinha sido mantido na Abin durante o primeiro ano do governo Lula.

mais informações em instantes



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