Lucione Nazareth/VGN
Brasília/DF
O PSDB e o Podemos decidiram nessa sexta-feira (13.06) não seguir com a fusão que negociavam desde o começo de 2025. O motivo principal foi o impasse sobre quem iria comandar o novo partido pelos próximos quatro anos.
O Podemos, liderado pela deputada Renata Abreu (SP), queria ficar no controle da legenda unificada durante todo esse período. Já o PSDB, que tem como presidente Marconi Perillo, defendia que a direção fosse compartilhada, com um sistema de revezamento entre os dois partidos. Como não houve acordo, as negociações foram encerradas.
Os tucanos sugeriram que a presidência da nova sigla fosse alternada, primeiro a cada seis meses e depois a cada ano, mas a proposta não avançou. Marconi Perillo deve anunciar oficialmente a saída das negociações em breve.
No dia 05 de junho, o PSDB havia aprovado a fusão com o Podemos em convenção, com 201 votos favoráveis e apenas 2 contrários. A fusão partidária é uma união definitiva entre dois ou mais partidos, que passam a funcionar como um só, com estatuto, diretórios e CNPJ únicos. Diferente da federação, a fusão não permite que os partidos se separem depois.
Essa desistência acontece num momento difícil para o PSDB, que enfrenta queda na representatividade e perda de lideranças importantes. O partido, que já governou o país e disputou eleições presidenciais por anos, hoje tem 13 deputados federais e três senadores. Recentemente, políticos importantes, como os governadores Eduardo Leite (RS) e Raquel Lyra (PE), deixaram o PSDB e foram para o PSD.
Mesmo com o fim da fusão com o Podemos, o PSDB segue buscando novas alianças. O partido já retomou conversas com Republicanos, MDB e Solidariedade para formar uma federação.