VINICIUS MENDES/A Gazeta
Os senadores de Mato Grosso comemoraram o veto do presidente Lula (PT) ao projeto de lei que aumentava de 513 para 531 o número de deputados federais. Mato Grosso ganharia mais dois representantes na Câmara dos Deputados.
A norma também previa o aumento de deputados estaduais em Mato Grosso, de 24 para 30, considerando a regra constitucional que determina o triplo da representação federal quando abaixo do limite de 36 parlamentares estaduais. A proposta vetada previa a correção do tamanho das bancadas com base no censo do IBGE de 2022, considerando que o número de representantes deve ser proporcional ao tamanho da população de cada estado.
No caso de Mato Grosso, que ganharia mais dois deputados federais, o custo adicionado mensalmente seria de R$ 434 mil. Já com relação aos 6 novos deputados estaduais, o veto gera uma economia de mais de R$ 590 mil mensais a Mato Grosso.
A senadora Margareth Buzetti (PSD) disse que deve “incomodar os colegas” para que o veto seja mantido no Senado. Ela disse que o presidente Lula ‘acertou totalmente’ com o veto.
‘Seria um tapa na cara da sociedade que não quer mais políticos, ela quer é que os que estão aí trabalhem. Outra coisa: a gente, no Congresso, cobra do Governo Federal para cortar gastos. Aí, quando nos interessa, a gente aprova um projeto para aumentar o número de deputados e não aponta de onde vai sair o dinheiro? Onde está a coerência? Não adianta dizer que não iria aumentar gastos porque iria sim’, disse. O senador Jayme Campos (União) lembrou que votou contra o aumento e disse que Lula ‘acertou em cheio’ ao vetar a mudança.
Pontuou, também, que no fim das contas a população é quem teria que arcar com estes custos. ‘A própria Constituição, a lei dizia que era para fazer o quê? Redistribuir as vagas (...). Eu vou repetir, vou votar com certeza pelo veto porque eu acho que é um escárnio criar mais vagas de deputado federal e mais vagas de deputado estadual. Chega, o Brasil não aguenta, não sustenta todos esses encargos’.
Até mesmo o senador Wellington Fagundes (PL) avaliou que Lula acertou ao vetar o aumento. Ele disse que ‘ninguém aguenta mais’ os altos custos e que deve votar para manter o veto.
‘Eu sou contra o aumento número de número de vagas, sempre me posicionei nessa forma e sou contra aumento de imposto’, disse.