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SORRISO Quinta-feira, 28 de Novembro de 2024, 19:59 - A | A

28 de Novembro de 2024, 19h:59 - A | A

SORRISO / EM REPORTAGEM

Pai e marido de vítimas da "chacina de Sorriso/MT" fala sobre saudades e cobra julgamento de pedreiro; veja vídeo

Mayara Campos/OlharDireto
Sorriso/MT



Um ano após o crime que chocou o país, conhecido como Chacina de Sorriso/MT (a 400 km de Cuiabá/MT), que vitimou Cleci Calvi Cardoso, 46 anos e suas filhas, Miliane, 19 anos, Manuela, 13 anos e Melissa, 10 anos, e o pai e marido, Regisvaldo Cardoso, ainda aguarda pela condenação do assassino, o pedreiro Gilberto dos Anjos. Em entrevista ao programa SBT Urgente, do canal SBT Sorriso/MT, o caminhoneiro fala sobre a saudade da família.

“Fica esse sentimento de tristeza que nunca vai sair da gente, nunca vai passar, cada dia que passa a gente sente mais falta. O fato de você levantar e não poder dar um abraço, não receber um bom dia da filha, da esposa. Chegar de viagem e não ter a família te esperando, isso é doloroso, é difícil. Elas brincavam muito aqui no parquinho, a gente gostava bastante de vir aqui [...] Bate a saudade né, a vontade de chegar em casa e ficar com elas”, diz Regisvaldo.

Regisvaldo também fala sobre a demora sobre o julgamento de Gilberto. Nenhuma data foi marcada até o momento. Em julho, o Poder Judiciário, por meio da 1ª Vara Criminal de Sorriso/MT, acolheu as alegações finais apresentadas pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso e determinou que o pedreiro fosse submetido ao júri popular.

“A gente acha que nunca vai acontecer com a gente, daí quando a gente se pega numa situação dessa, que a gente vê como a Justiça no Brasil é demorada mesmo, não que isso vá trazer um alento para a família, não vai. Não vai trazer elas de volta para nós, para a família”, disse o pai e marido das vítimas.

“Não vai nos acalentar, nos confortar, porque o que ele tirou da gente, é um pedaço nosso. Ele me partiu no meio, ele partiu a minha sogra no meio, a família toda está despedaçada. Mas a gente gostaria de ver a Justiça sendo um pouco mais ágil”, complementou.

O advogado da família, Conrado Pavelski Neto, vem tentando acelerar o processo, para que o julgamento seja marcado. “Pelas provas no processo, todos os crimes imputados ao Gilberto deverão ir a júri”, disse.

Relembre o caso

No dia 24 de novembro, Gilberto invadiu residência e matou quatro mulheres em Sorriso/MT. As vítimas foram identificadas como Cleci Calvi Cardoso, de 46 anos, Miliane Calvi Cardoso, de 19 anos, Manuela Calvi Cardoso, de 13 anos e Melissa Calvi Cardoso, de 10 anos.

A caçula foi morta asfixiada e as demais foram esfaqueadas e abusadas sexualmente pouco antes de morrerem.

Gilberto foi preso durante a manhã do dia 27 de novembro, após os corpos das quatro vítimas terem sido encontrados. O homem foi localizado trabalhando em uma obra ao lado da casa das vítimas.

Com ele, foram encontradas peças de roupas íntimas das vítimas. Devido à repercussão do caso, o criminoso precisou ser transferido para a Penitenciária Central do Estado (PCE), onde está em uma cela separada.

VEJA VÍDEO:



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