Vanessa Moreno/RepórterMT
O governador Mauro Mendes (União Brasil) chamou de hipocrisia o excesso de burocracia praticado no Brasil, principalmente quando se diz respeito ao agronegócio. Durante a sua participação no XIII Fórum de Lisboa, o chefe do Executivo estadual afirmou que a nação brasileira jamais será um país de primeiro mundo enquanto o poder público continuar tratando coisas importantes, como a produção de alimentos, como se fossem irrelevantes.
“O nosso maior risco é a hipocrisia que existe nesse país e a forma como nós conduzimos as coisas públicas no Brasil”, disse o governador na manhã desta quinta-feira (03).
“Não seremos um país de primeiro mundo enquanto o poder público, as leis que nós temos e os marcos legais permitirem que coisas tão importantes sejam tratadas com tamanha irrelevância”, completou.
"Não dá pra sermos um Brasil de primeiro mundo tratando o agro, que alimenta o país e parte do planeta, com tanto descaso", escreveu em publicação no Instagram.
Como exemplo, Mauro Mendes citou a mina de Autazes, maior mina de potássio do Brasil, localizada no Amazonas. Segundo o governador, a mina tem potencial para abastecer o agronegócio brasileiro com fertilizantes em pelo menos 50% das necessidades.
No entanto, 85% dos fertilizantes ainda são importados, pois o projeto da mina de Autazes demorou 15 anos para obter a licença do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e agora, com o projeto licenciado, passou a ser objeto de questionamento de ONGs e de processos judiciais que podem atrasar a execução por mais um longo período.
“A mina ficou 15 anos, longos 15 anos, para ter um licenciamento ambiental. Isso não é sério! Nenhum país do mundo trata dessa forma uma atividade econômica tão importante como é o agronegócio, como é a produção de alimentos”, ressaltou.
“Esse mesmo licenciamento ambiental já está sendo objeto de questionamento de ONG e de ações judiciais, que podem atrasar por mais anos e anos”, acrescentou.
O governador ressaltou ainda que o Brasil jamais será um país de primeiro mundo enquanto a população permitir que o interesse de poucos seja colocado em primeiro lugar.
O Fórum de Lisboa segue até esta sexta-feira (04).